Oceano Fresco angaria 17 milhões para alimentar expansão comercial

A compra novos viveiros em Portugal, e também fora do país, faz parte dos planos da empresa de produção de bivalves em mar aberto.

A equipa da Oceano Fresco

A Oceano Fresco levantou 17 milhões de euros para apoiar a expansão comercial da empresa de produção sustentável de bivalves. Com sede na Nazaré, a empresa tem uma exploração de amêijoas em mar aberto, ao largo da costa de Lagos, no Algarve e, com esta ronda, tem planos para a compra de novos viveiros em Portugal e lá fora.

“Para a Oceano Fresco, ter parceiros conhecedores que partilhem os nossos valores e visão é, pelo menos, tão importante como angariar dinheiro. Tendo isto em mente, damos as boas-vindas à Indico Capital Partners e ao Banco Português de Fomento nesta aventura, tal como saudamos o apoio renovado da AquaSpark e da BlueCrow, à medida que continuamos no nosso caminho para nos tornarmos líderes mundiais na aquicultura regenerativa de bivalves”, diz Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, citado em comunicado.

A Indico Capital liderou a ronda que contou ainda com a participação da BlueCrow, da Aqua-Spark e pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), lançado e gerido pelo Banco Português de Fomento, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Estamos entusiasmados por fazer parte da visão da Oceano Fresco de criar um novo vertical de aquicultura sustentável que irá contribuir para o aumento da procura global de proteínas. A procura de amêijoas, especificamente, ultrapassa em muito a oferta atual e cultivá-las de forma sustentável e sistemática faz sentido a todos os níveis”, diz Stephan de Moraes, presidente da Indico Capital Partners, citado em comunicado.

O investimento na Oceano Fresco é o primeiro investimento direto do FdCR na área de aquacultura sustentável, tendo sido, através do Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal deste fundo, alocado 8,05 milhões de euros. “O investimento do BPF inclui a subscrição de um aumento de capital e de obrigações convertíveis em ações preferenciais com direito de voto, com uma maturidade de sete anos“, informa ainda o Banco de Fomento.

“O investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência na Oceano Fresco reforça o compromisso do BPF com a economia do mar, apoiando uma startup inovadora, com sede na Nazaré, que se posiciona na aquacultura sustentável dirigida ao cultivo de bivalves de alta qualidade em Portugal. Trata-se do primeiro investimento direto do Fundo na economia do mar, que se admite possa iniciar um ciclo de apoio do BPF a este setor prioritário da economia nacional”, diz Ana Carvalho, CEO do Banco Português de Fomento, sobre esta operação, em comunicado enviado pelo Banco de Fomento.

Objetivos da ronda

A injeção de capital na empresa tem como objetivo “apoiar a expansão comercial e capacidade de produção” da empresa que cultiva amêijoas e outros bivalves de forma sustentável. E ainda “financiar o aumento das despesas operacionais (OPEX) e das despesas de capital (CAPEX), com o objetivo de melhorar a produtividade, investindo em novas tecnologias e processos para aumentar a eficiência e reduzir custos, e expandir as operações, construindo novas instalações de cultivo, adquirindo equipamentos avançados e ampliando a área de operação em mar aberto”, informa o Banco de Fomento, em comunicado.

Hoje com 42 pessoas, a empresa quer até ao final do ano “contratar entre cinco a dez quadros qualificados”, adianta Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, ao ECO.

Nos planos da empresa está ainda o lançamento de novos produtos de bivalves vivos – amêijoas e ostras – para Portugal e Espanha e o “desenvolvimento de produtos embalados de longa duração para novos segmentos de mercado, mais dirigidos ao consumidor final”.

“Vamos comprar novos viveiros em Portugal e lá fora”, adianta o CEO, preferindo não adiantar localizações, quando questionado sobre os planos de expansão da produção.

Hoje a Oceano Fresco cultiva duas espécies nativas de amêijoa – V. corrugata e R. decussatus – na maternidade da empresa, o Centro Biomarinho, na Nazaré, sendo depois o seu crescimento feito na exploração de amêijoas em mar aberto, ao largo da costa de Lagos, no Algarve.

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