Brasileira Eureka coworking abre em Lisboa e já olha para Porto e Braga

Portugal é o primeiro mercado de internacionalização da rede brasileira de coworks e ponto de partida para uma futura expansão para Espanha e França.

Daniel Moral e Fanny Moral, cofundadores da Eureka Coworking Brasil e Portugal

A rede brasileira Eureka Coworking acaba de abrir um espaço em Lisboa, depois de um investimento “significativo”, e está a avaliar cidades como Porto e Braga para a sua futura expansão no mercado português. Depois de Portugal, primeiro mercado de internacionalização, a rede admite estender a Espanha e França.

O cowork no Palácio Rosa, em Lisboa, é o primeiro espaço da rede fora do Brasil e o primeiro no país. “Portugal sempre teve um significado especial para nós, tanto pela ligação pessoal da Fanny [Moral], cofundadora da Eureka, com raízes portuguesas do seu avô em Lisboa, como pela presença de imóveis que o nosso sócio já possuía no país”, explica Daniel Moral, cofundador da rede, ao ECO. Além disso, “o ambiente favorável para startups e inovação, especialmente em Lisboa com a Web Summit, tornou a cidade um destino natural para a nossa internacionalização“, reforça.

O investimento no espaço foi “significativo”, diz Daniel Moral, sem, no entanto, revelar valores. “O nosso espaço está localizado num edifício histórico, o Palácio Rosa, e foi cuidadosamente adaptado para oferecer um ambiente moderno e inspirador, mantendo a arquitetura original. Com uma área de aproximadamente 1.000 m², a unidade tem capacidade para acolher cerca de 200 pessoas simultaneamente, com salas privativas, áreas colaborativas e um espaço de eventos”, descreve.

Estamos a avaliar cidades como Porto e Braga, que também têm um ecossistema de startups vibrante e um mercado crescente para espaços de coworking.

“O coworking de Lisboa está aberto para empresas de todos os tipos e locais, mas acreditamos que muitas empresas brasileiras veem em Portugal uma excelente porta de entrada para a Europa, o que também nos posiciona bem para as atender“, diz ainda quando questionado sobre o público-alvo do espaço.

Depois de Lisboa, há “planos de expansão para outras regiões de Portugal”. E já com cidades na mira. “Estamos a avaliar cidades como Porto e Braga, que também têm um ecossistema de startups vibrante e um mercado crescente para espaços de coworking“, revela, embora sem indicar um prazo para esse aumento da rede. “Não temos um cronograma exato, mas estamos focados primeiro em consolidar a operação em Lisboa e, posteriormente, expandir conforme a procura.”

O investimento total previsto no mercado nacional está “em avaliação”, diz Daniel Moral, sem adiantar valores da aposta da rede no país. “O nosso foco é estabelecer uma operação sólida e escalável. O investimento será feito gradualmente, à medida que expandimos para outras cidades e ajustamos os nossos serviços para atender às necessidades locais. Em cada nova unidade, prezamos por uma estrutura flexível, moderna e que possa acolher tanto pequenas startups como empresas maiores”, refere.

Depois de Portugal, Espanha e França na mira

Atualmente, a Eureka Coworking detém unidades na Av. Paulista, em São Paulo, em Campinas e, agora, em Lisboa, totalizando mais de 5.000 m² de área de coworking. “Contamos com centenas de empresas e profissionais que utilizam os nossos espaços diariamente. As taxas de ocupação giram em torno de 85% a 90%, e estamos sempre a procurar formas de melhorar a experiência dos nossos clientes, seja através de eventos, networking ou serviços personalizados”, descreve o cofundador.

A nossa expansão para Portugal é parte da nossa estratégia de continuar a crescer e oferecer um ambiente de trabalho inovador e com propósito”, continua.

Escolhemos Lisboa pelo ambiente dinâmico de inovação, a recetividade ao modelo de coworking e pela nossa ligação pessoal com o país. No entanto, já estamos a estudar outras expansões, principalmente para países da Europa, como Espanha e França.

Para este novo mercado, Daniel Moral admite expectativas de negócio “bastante positivas”. E explica porquê. “Vemos um crescimento na procura por espaços flexíveis, tanto da parte de freelancers quanto de grandes empresas. Portugal tem-se destacado como um hub de inovação e tecnologia, o que é um atrativo para o nosso modelo de negócio“, justifica.

O empreendedor não teme um impacto no negócio do regresso mandatório ao escritório que várias empresas estão a determinar. “O regresso ao escritório, exigido por algumas empresas, terá um impacto positivo para o nosso negócio, principalmente porque muitos desses trabalhadores buscam uma solução flexível e que combine o melhor do trabalho remoto com o escritório tradicional”, comenta. “As grandes corporações podem adotar o coworking como uma maneira de reduzir custos fixos e proporcionar aos seus colaboradores um ambiente que incentive a colaboração e a criatividade. Acreditamos que os modelos híbridos continuarão a ganhar força“, acredita.

Por isso, diz, “esperamos atingir uma alta taxa de ocupação já nos primeiros meses, dado o interesse crescente por soluções flexíveis e colaborativas”.

Portugal é o primeiro mercado de internacionalização da rede e uma potencial porta de entrada para outros mercados. “Escolhemos Lisboa pelo ambiente dinâmico de inovação, a recetividade ao modelo de coworking e pela nossa ligação pessoal com o país. No entanto, já estamos a estudar outras expansões, principalmente para países da Europa, como Espanha e França. O nosso objetivo é, primeiro, consolidar a presença em Portugal antes de expandir para outros mercados, mas já temos essas regiões em vista para os próximos anos.”

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