Rebuild Rehabilita 2024 encerra com 5.204 profissionais, marcando o início da nova era da regeneração urbana

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  • 7:05

A primeira edição de Rebuild Rehabilita, a grande feira nacional de reabilitação, que conta com a colaboração da Consejería de Fomento, Ordenamento Territorial e Habitação da Junta da Andaluzia.

Segundo a Rebuild Rehabilita, o encontro foi a voz de um setor que exigiu a modernização dos edifícios, a recuperação do património histórico e a atualização dos bairros com base em sinergias entre agentes públicos e privados, a promoção de benefícios fiscais e o fomento de uma cultura que dá prioridade à melhoria do ambiente construído.

Desde terça-feira, a cimeira, que gerou um impacto económico de quatro milhões de euros para Sevilha, a cidade anfitriã, sublinhou a necessidade de continuar a reabilitar o parque habitacional do país para além dos fundos Next Generation, que têm como data limite 2026.

Desde terça-feira, a cimeira, que gerou um impacto económico de quatro milhões de euros para Sevilha, a cidade anfitriã, destacou a necessidade de continuar a reabilitar o parque habitacional do país para além dos fundos Next Generation, que têm como data limite 2026.

Nesse sentido, os 205 especialistas que se reuniram no evento concordaram com a importância de ter outras alavancas à disposição das administrações, como a eliminação do IVA ou o repensar do IBI e de outros impostos, para continuar a renovar a oferta imobiliária e, consequentemente, os espaços metropolitanos, para que o processo que foi incentivado com o crédito europeu culmine com resultados positivos.

Da mesma forma, outra das principais solicitações feitas pelo Rebuild Rehabilita foi a redução dos prazos para a realização de ações de reabilitação com vista a aumentar o ritmo das intervenções, priorizando assim o bem-estar do cidadão. Um cidadão que hoje ainda precisa de estar mais consciente do potencial da renovação, como foi explicado, e esta consciência é uma ferramenta fundamental para que a modernização se torne uma realidade nos próximos anos.

Paralelamente, a cimeira centrou-se nas metas de descarbonização definidas pela comunidade europeia para 2030 e 2050, e na nova Diretiva de Eficiência Energética, que deverá garantir que os ativos residenciais, no prazo de seis anos, tenham a classificação E, enquanto os ativos não residenciais têm a classificação D. Para implementar esta melhoria e intensificar a celeridade dos projetos, para além dos incentivos económicos e fiscais e da desburocratização, o Rebuild Rehabilita 2024 propôs como resposta a industrialização.

Neste sentido, foram analisadas as possibilidades oferecidas pelo novo modelo de construção, que contribui para a reabilitação de edifícios, reduzindo o impacto nas comunidades, embora atualmente seja necessária uma maior flexibilidade regulamentar nas instituições locais para o seu desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, a feira apresentou casos de sucesso de BIM e gémeos digitais, soluções que, como foi salientado, criam novas opções de negócio no setor da construção e promovem uma melhor gestão, eficiência energética e experiência do utilizador.

ENERGIZAR AS COMUNIDADES

O terceiro dia do Rebuild Rehabilita 2024 centrou-se no impacto da reabilitação, não só no ativo em que é realizada, mas também na regeneração de bairros, distritos ou centros históricos inteiros, revitalizando assim o espaço público e melhorando a qualidade de vida de todos os residentes.

“As ações de reabilitação urbana facilitam a utilização dos espaços coletivos e as relações humanas, envolvem as comunidades de bairro, garantem o progresso, reduzem a poluição, recuperam os espaços naturais e travam o despovoamento rural”, afirmou Mari Ángel López, diretor do Observatório 2030 do Conselho Superior das Associações de Arquitetos de Espanha (Cscae).
Sob esta premissa, López, juntamente com Sergio García-Gasco, subdiretor deste Observatório, apresentou o Guia de Reabilitação de Bairros, no qual participaram mais de 140 profissionais de todas as áreas do planeamento urbano. Este documento estabelece uma metodologia de ação para os arquitetos, para que possam participar na reabilitação urbana integral. “O nosso fator diferenciador é que projetamos cidades e temos de o fazer com intervenções que sejam genuínas. Defendemos uma cidade compacta, local, polivalente, com espaços verdes fáceis de percorrer”, explicou López.

Além disso, durante esta quinta-feira, foram mostrados diferentes exemplos de transformação, como o caso da Erre Arquitetura, cujo Diretor de Comunicação, Javier García, explicou os detalhes do projeto que promoveram. Trata-se de um edifício único e histórico de Valência, que foi convertido no Centro de Arte Hortensia Herrero, protegendo o património da cidade e servindo para revitalizar um bairro e uma rua por onde passam atualmente 200.000 pessoas por ano.

Por outro lado, María San Juan, consultora de co-habitação da Habitat Colaborativo, apresentou a sua intervenção rural de “co-habitação” sénior nas montanhas de Madrid. Consiste na reabilitação de um hotel degradado para o converter numa residência para pessoas numa nova etapa das suas vidas. “Trata-se de uma iniciativa de inovação social, graças à qual promovemos novos espaços onde as pessoas podem viver de uma forma mais comunitária, recuperando modelos mais humanos. Além disso, o edifício foi descarbonizado e foram incluídos espaços de cuidados onde podem ser desenvolvidas atividades de lazer e cuidados, o que afetará tanto a aldeia como a área circundante em termos de emprego, serviços e repovoamento”, explicou.

Ao mesmo tempo, o arquiteto Xavier Vilalta apresentou a situação do seu próprio atelier, que se baseou nos seus valores de inovação e sustentabilidade a partir da regeneração industrial. Com este pano de fundo, converteram um armazém industrial abandonado num local de trabalho e de encontros de bairro. Da mesma forma, graças ao seu trabalho em matéria de eficiência energética, o Vilalta Studio tornou-se o primeiro gabinete de arquitetura em Barcelona a ser autossuficiente, o que também o torna um edifício mais rentável.

 

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