Insolvências baixam 9% em novembro. Indústria representa um em cada quatro casos em 2024

As insolvências baixaram em novembro face ao período homólogo, mas no acumulado do ano continuam acima dos números registados em 2023. Porto e Lisboa pesam perto de metade das insolvências.

As insolvências em Portugal desceram 9% em novembro face ao período homólogo de 2023. No total, 374 empresas apresentaram pedido de insolvência, no 11.º mês do ano, menos 37 que em igual mês do ano passado, adianta a Iberinform. Apesar da descida mensal homóloga, em termos acumulados, estes processos continuam a crescer, com o setor da indústria a ser responsável por mais de um quarto das insolvências.

O mesmo estudo adianta que as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram mais de 18% até final de novembro, com mais 120 empresas a requererem a insolvência num total de 782 pedidos.

Já as declarações de insolvência requeridas por terceiros também aumentaram de 597 em 2023 para 667 em 2024 (+12%). Os encerramentos com plano de insolvência tiveram um incremento de 28,9% para atingirem um total de 49 ações. Até final de novembro, foram concluídos 1.965 processos de insolvência, menos 165 que em igual período do ano passado.

No acumulado dos 11 meses, as insolvências registam um aumento de 1,1% face ao período homólogo, com 3.463 processos registados.

A Iberinform realça ainda que os distritos do Porto e de Lisboa são os que registam o maior número de insolvências, 845 e 791, respetivamente. Face a 2023, o Porto tem um acréscimo de mais de 8% enquanto Lisboa vê as insolvências aumentarem 0,8% no comparativo.

Por setores, os maiores aumentos nas insolvências registaram-se nas atividades de eletricidade, gás e água (+83%) e indústria transformadora (+16%). Já os principais decréscimos foram registados nos setores da indústria extrativa (-11%), no comércio de veículos (-9,2%) e no comércio a retalho (-7,1%).

A indústria transformadora é, em 2024, o setor com o maior número de insolvências, representando 26% do total. Segue-se a construção e obras, com 16%, e o comércio a retalho, com 10%.

Menos novas empresas

A constituição de novas empresas também baixou, em novembro. Foram constituídas 3.091 novas empresas, menos 1.204 que em igual período do ano passado (-28%). No total do ano foram já criadas 46.293 novas empresas o que representa um decréscimo de 3,5% face a 2023.

Por distrito, Lisboa regista o maior número de constituições (14.585), embora com um decréscimo de 10% face aos valores apurados em 2023.

Já as atividades de telecomunicações (+42%), indústria extrativa (+22%) e construção e obras Públicas (+6,5%) são os setores que lideram os aumentos na criação de novas empresas.

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