João Bento e o futuro dos CTT. ECO magazine chega esta terça-feira às bancas

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  • 14:49

O ECO magazine de fevereiro chega às bancas, com destaque para uma grande entrevista a João Bento, uma reportagem na empresa dona da Paladin e uma análise sobre o setor da aeronáutica em Portugal.

“Somos muito ágeis. Quem não tem cão caça com lebre”. À entrada para o último ano deste mandato à frente dos CTT, João Bento diz que a empresa já não é uma companhia postal em transformação e sim um operador logístico de comércio eletrónico. “É um ciclo novo”, garante o CEO dos CTT em entrevista nesta nova edição do ECO magazine, esta terça-feira nas bancas de todo o país.

Depois de uma transformação “para sobreviver” à queda do correio, os CTT aceleram à boleia das vendas das grandes plataformas chinesas e com aquisições e parcerias que reforçam a sua atividade de entregas expresso.

“Nestes meus primeiros anos de liderança o foco era transformar a empresa para sobreviver e hoje já não é. Eu fui bastante pressionado, quando cheguei, para vender Espanha. No limite, fechar, se não encontrássemos saída. Isso teria sido um erro”, refere ainda o CEO dos CTT. Em Espanha, fechou no final do ano passado a compra da empresa espanhola de desalfandegamento Casesa por 104 milhões, reforçando o músculo logístico ibérico dos CTT.

A entrada em novos mercados e uma redução da participação no banco são caminhos para o futuro, admite o gestor.

Num momento em que Portugal está atrair investimentos do setor de aeronáutica, falamos com empresas e especialistas para avaliar o peso que a indústria já tem (e pode vir a ter) na economia nacional. Poderá ter a mesma dimensão e dinamismo que o setor automóvel? A ler no Capital: “Aeronáutica. A indústria que dá asas à nossa economia”.

Na opinião, ouvimos Elisa Ferreira (antiga comissária europeia) e José Manuel Fernandes (AEP) sobre os desafios que antecipam para a economia e para o país.

Fomos à Golegã conhecer a Casa Mendes Gonçalves que está em processo de transformação para se afirmar como uma ‘casa de marcas’. A dona da Paladin e do piripíri Sacana acaba de comprar a Diese, marca de alimentação saudável, a última das aquisições para reforçar o seu portefólio. A reportagem pode ser lida (e vista) no Chão de Fábrica: “Na Golegã há uma Casa com muito piripíri”.

Investir com base em convicções religiosas é bom para sua carteira de investimentos? A análise em Portefólio Perfeito ajuda na resposta: “Investimentos que unem a Fé à carteira”. Em Saber Fazer mergulhamos no ecossistema de empreendedorismo e fomos ouvir os planos de investimento dos fundos nacionais, recém-criados ou com dotações reforçadas: “Executar. A palavra de ordem dos fundos”.

O ECO magazine traz também os contributos das diversas marcas que fazem parte do universo ECO.

Outsourcing, banco de hora e até teletrabalho. Lei do Trabalho vai voltar a mudar? é o tema desta edição do Trabalho by ECO; enquanto no Local Online ouvimos os autarcas “De Norte a Sul, o ‘significativo’ impacto dos imigrantes na economia local”.

“Seguros empresariais. O que as empresas querem e não têm” é a análise proposta no ECO Seguros; e na Advocatus falamos com responsáveis de sociedades de advogados sobre se “Pode a IA julgar com justiça? Os dilemas de um futuro automatizado”

Em Capital Verde ouvimos os especialistas sobre o que esperam da nova Agência do Clima que, sob a sua alçada tem mais de 2 mil milhões de euros de fundos para investir. “Setor quer Agência do Clima focada no PRR, mobilidade e indústria”.

“O futuro da Política de Coesão após 2027” é o tema em Fundos Europeus e “Influenciadores. Os benefícios e desafios dos novos embaixadores das marcas” o assunto em análise no +M.

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A marca Fora de Série volta a marcar presença nesta nova edição em banca com propostas que fazem sonhar. Fomos conhecer os hotéis de ultra luxo em “Hotéis dentro de Hotéis. Entramos num novo patamar de exclusividade”.

Falamos com Mário Rocha, o CEO da Antarte, sobre a marca criada há 25 anos, os seus planos de internacionalização e o novo museu de marcenaria que fundou. O resultado pode ser lido em “O meu sonho é tornar a Antarte numa marca global de que os portugueses se orgulhem”.

Mergulhamos no mundo da Longchamp, marca considerada pelo Estado francês uma “Entreprise du Patrimoine Vivant”, e conhecer os segredos da Le Roseau, uma das suas carteiras mais icónicas em “Roseau. O expoente máximo do savoir-faire Longchamp”. E depois seguimos para a Cartier para conhecer as ‘novas formas’ da linha Trinity: “Aos 100 anos, a Santíssima Trindade da Cartier ganha
novas formas”.

Entramos numa “Viagem sensorial” por entre as fragrâncias e frascos de vidro impecavelmente desenhados da Ormaie, marca criada por Baptiste Bouygues, mais do que um perfumista, um contador de histórias olfativas.

Enchemos de aroma (e sabor) os sentidos e fomos conhecer a arte do chef Luís Gaspar e o seu Brilhante. O resultado pode ser saboreado em “A boémia ainda brilha no Cais do Sodré”.

E viajamos na estrada com o Hyundai Santa Fe e pode ler o diário de bordo em “Quando o tamanho importa (e impressiona)”. Para os mais ativos e fãs da neve, ficam as sugestões de moda e acessórios para brilhar nas pistas.

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Editorial

Cuidado com as distrações

Entramos no novo ano, necessariamente, na sombra de Donald Trump. Goste-se ou não, esta é a figura que vai marcar parte do ritmo dos próximos anos, a nível geopolítico, certamente, e também a nível económico, e não apenas pelas questões comerciais e por uma política mais ou menos protecionista.

Não é possível ignorar Trump, pelo peso dos Estados Unidos. Mas mais complexa que a sua política — que não nos é favorável — é a sua imprevisibilidade, provocando uma permanente necessidade de adaptação e de resposta, que claramente não é uma característica forte da pesada e burocrática União Europeia.

Por cá, a economia vai andando a ritmo razoável, suportada parcialmente pelo efeito PRR que está, para já, a ser mais um importante amortecedor de um ciclo económico pouco entusiasmante do que aquilo que nos foi vendido, que seria uma alavanca para um crescimento estrutural mais robusto e, sobretudo, uma oportunidade para a transformação do país. O facto de o Estado ter concentrado tantos recursos do programa também não ajuda, como foi salientado por muitos logo na altura do seu desenho inicial.

E, acompanhando o nosso cenário político-mediático, há dois temas que têm concentrado as atenções do país. Por um lado, a questão da segurança, que de tanto se falar se transforma em algo que se alimenta, o tal sentimento de insegurança, como se vivêssemos num cenário de guerra que é muito mais fabricado do que real. Por outro lado, as eleições presidenciais, que estão a um ano de distância e cujo naipe de candidatos é ainda demasiado amplo e que pouco nos diz sobre algo de fundamental para a vida das pessoas e das empresas.

No meio desta cacofonia chamativa mas essencialmente inconsequente, os desafios continuam lá. Pior, quanto mais tempo estivermos distraídos, mais difíceis eles ficam, porque mais tarde começaremos o caminho, duro mas essencial, para os atacarmos.

Voltamos, por isso, a falar do Relatório Draghi, apresentado em setembro, o que é uma enormidade em tempo mediático mas muito pouco para justificar já o termos, praticamente, esquecido. O diagnóstico aí vertido provocou um ligeiro arrepio ao invés do sobressalto que exigia, pelo seu conteúdo.

Entre Ucrânia, Trump, as tropelias tóxicas de Elon Musk e Mark Zuckerberg e a anemia dos maiores países da União Europeia, seria preciso ter nervos de aço e uma concentração a toda a prova para fazer o que tem de ser feito e que é apontado por Draghi. Não é fácil, sobretudo nestes tempos de comunicação acelerada em que tudo nos chama a atenção e parece reclamar uma reação, mas é preciso resistir a esses impulsos e avançar.

A transformação da economia europeia é o grande desafio geracional. Conseguiremos estar focados e ignorar a espuma dos dias?

Tiago Freire

Subdiretor

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