UE já admite reduzir tarifas sobre importações de carros americanos

União Europeia quer evitar guerra comercial com Donald Trump e está disponível para cortar taxas alfandegárias. Informação está a ser avançada pelo Financial Times.

A União Europeia (UE) irá propor cortes nas taxas alfandegárias sobre as importações de automóveis dos EUA como parte de um acordo para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, noticia esta sexta-feira o Financial Times (acesso pago).

Bernd Lange, que liderou o comité de comércio no Parlamento Europeu e é uma fonte próxima no processo, disse ao jornal britânico que o bloco estava disposto a reduzir o imposto de importação de 10% para mais perto dos 2,5% cobrados pelos EUA.

“Podemos tentar chegar a um acordo antes de aumentar os custos e as tarifas”, referiu. Neste sentido, a União Europeia poderia disponibilizar-se para comprar mais gás natural liquefeito e equipamento militar dos EUA, “além de procurar reduzir as tarifas para os automóveis”, acrescentou.

Esta seria uma das formas de reduzir o excedente comercial da União Europeia com os EUA e, segundo o Financial Times, a indústria automóvel europeia apoia a medida, uma vez que o setor teme que Donald Trump cumpra a sua ameaça de impor tarifas.

O presidente dos EUA anunciou, na sexta-feira passada, que planeia avançar com taxas aduaneiras “muito significativas” para a UE. Na sala oval, em declarações aos jornalistas, Donald Trump avisou que a decisão de impor tarifas à UE era “absoluta.

A promessa surge depois de o presidente norte-americano ter lançado duras críticas a Bruxelas, sobretudo pela fiscalidade e burocracia associada ao investimento estrangeiro.

Do ponto de vista dos Estados Unidos, a UE trata-nos muito mal. Têm impostos altos”, afirmou Donald Trump, no Fórum Económico Mundial, através de videoconferência a partir de Washington D.C. “Amo a Europa. Amo os países da Europa, mas tratam-nos de forma injusta”, criticou.

(Notícia atualizada às 17h29)

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