Presidente da Stellantis diz que tarifas e regulação são ameaças ao setor automóvel
“Com o atual caminho de tarifas dolorosas e de regulação demasiado rígida, a indústria automóvel norte-americana e europeia está em risco”, afirmou o herdeiro da família Agnelli.
As tarifas e a “regulação demasiado rígida” para a transição energética são as principais ameaças ao setor automóvel na Europa e nos Estados Unidos da América, afirmou esta terça-feira o chairman da Stellantis, John Elkann.
“Com o atual caminho de tarifas dolorosas e de regulação demasiado rígida, a indústria automóvel norte-americana e europeia está em risco”, afirmou o herdeiro da família Agnelli e presidente do Conselho de Administração na abertura da assembleia-geral da fabricante automóvel.
O empresário considerou que tal seria “uma tragédia”, uma vez que a indústria automóvel é “uma fonte de postos de trabalho, inovação e comunidades fortes”. Se nos Estados Unidos da América, Elkann criticou as tarifas de 25% sobre veículos e componentes – bem como as taxas adicionais sobre alumínio, aços e componentes –, na Europa o alvo foram as normas para a redução das emissões de dióxido de carbono.
No entender do responsável, Bruxelas impôs um “caminho irrealista para a eletrificação, desligado das realidades do mercado”, tendo lamentado que alguns países tenham retirado os incentivos para a compra. Ainda assim, garante que “não é tarde para os EUA e a Europa tomarem as decisões necessárias para promover uma transição ordeira”.
Da mesma forma, mostrou-se entusiasmado com a possibilidade anunciada na noite de segunda-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender as tarifas de 25% sobre automóveis e componentes automóveis. Na abertura, Elkann disse ainda que “2024 não foi um bom ano para a Stellantis”.
A Stellantis, que agrupa 14 marcas na Europa e na América, como Fiat, Citroën, Peugeot, Opel, Chrysler e Jeep, obteve lucros de 5.520 milhões de euros em 2024, que comparam com 18.625 milhões de euros no ano anterior. Apesar dos resultados abaixo do esperado, as contas de 2024 foram aprovadas por 99,8% dos votos expressos, uma percentagem que também aprovou a distribuição de dividendos.
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