Diogo Mónica, fundador da unicórnio Anchorage, é o angel investor do ano

A unicórnio Sword Health, o fundo Bynd Venture Capital e a startup Oceano Fresco foram igualmente reconhecidos pela Investors Portugal.

Conferência "New Money" - 19MAR22Diogo Mónica, o fundador da unicórnio Anchorage Digital, foi reconhecido com o prémio “Angel of the Year 2024” pelo seu papel enquanto investidor em mais de 150 startups ao longo de uma década. A unicórnio Sword Health, o fundo Bynd Venture Capital e a startup Oceano Fresco foram igualmente reconhecidos pela Investors Portugal, associação que reúne fundos que apostam em empresas em fase inicial.

Engenheiro, empreendedor e business angel português, cofundador da Anchorage Digital, partner da Haun e chairman da organização sem fins lucrativos de promoção de inovação com impacto, NEAR Foundation, Diogo Mónica recebeu o prémio “Angel of the Year 2024”. O investidor, que já ajudou a financiar mais de 150 startups nos últimos dez anos, foi distinguido pelo seu “apoio, como business angel e advisor, a empresas e startups portuguesas, ajudando-as a ganhar escala, expandir e a alcançar uma audiência global, contribuindo para a dinamização do setor early stage em Portugal”, informa a Investors Portugal, em comunicado.

A ronda de 30 milhões de euros levantada pela Sword Health, com participação dos investidores nacionais Lince Capital e Oxy Capital, garantiu à unicórnio fundada por Virgílio Bento o prémio “Investment of the Year 2024”. No ano passado, a empresa captou ainda cerca de 100 milhões de dólares adicionais e elevando o seu valor total para mais de 3 mil milhões de dólares.

O fundo Bynd Venture Capital foi distinguida com o prémio “Early Stage Investor of the Year 2024”, o reconhecimento surge no ano em que a sociedade assinala 15 anos de atividade em Portugal, e após lançar o seu terceiro fundo o ano passado, no valor de 40 milhões de euros, o Fund III.

A sociedade de capital de risco já investiu em mais de 60 empresas desde a sua fundação, em 2010, contando com mais de 35 ainda ativas no seu portefólio.

Já a Oceano Fresco, startup especializada na aquicultura regenerativa de bivalves em viveiro em mar aberto, foi reconhecida com o “ESG Award of the Year 2024”. A startup, que levantou uma ronda de financiamento de 17 milhões de euros o ano passado, foi distinguida pelo “trabalho desenvolvido na área da Economia Azul, sendo pioneira no cultivo sustentável de amêijoas em grande escala e impulsionando impactos ambientais positivos, com destaque para o sequestro de CO2 pelas conchas e para a promoção da biodiversidade”, justifica a Investors Portugal.

Efeito multiplicador do capital de risco na economia

Cada 100 milhões de euros investidos em capital de risco podem ter um efeito multiplicador permanente de 0,22% no PIB nacional e de 0,16% no investimento, apontam as primeiras estimativas do estudo “Capital de Risco e o SIFIDE em Portugal – Avaliação do Impacto Económico”, realizado pela Investors Portugal – Associação Portuguesa dos Investidores em Early Stage, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa.

O mesmo montante investido através de fundos SIFIDE pode ter um “impacto igual ou superior”, pois estes fundos são obrigados a investir grandes volumes do capital mobilizado em empresas com uma componente significativa de Investigação e Desenvolvimento (I&D), estima ainda o estudo.

Ainda assim, o “investimento em capital de risco em Portugal representa menos de 0.05% do investimento total registado no país e ainda que é bastante baixo em relação ao PIB, correspondendo a menos de 0.01% do mesmo, de acordo com dados recentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários”, destaca a Investors Portugal. “Esta realidade condiciona a competitividade de Portugal relativamente a outros mercados europeus, como o Reino Unido, Alemanha e até Espanha, onde o investimento em capital de risco é maior”, alerta.

“Estes dados preliminares revelam que o peso do investimento em capital de risco na economia portuguesa se encontra muito abaixo do verificado nos ecossistemas mais maduros e mais desenvolvidos na Europa”, afirmou Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal, citada em comunicado.

“De acordo com as estimativas, podemos compreender que o investimento em capital de risco é crucial para impulsionar não só o ecossistema empreendedor e da inovação em Portugal, mas sobretudo para alavancar o crescimento da economia nacional. A Investors Portugal, enquanto agregadora do ecossistema early stage no país, apela, por isso, à aposta em políticas públicas que incentivem o investimento em capital de risco, de modo a posicionar Portugal como um ecossistema competitivo e sustentável”, diz ainda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Diogo Mónica, fundador da unicórnio Anchorage, é o angel investor do ano

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião