Ibersol agrava prejuízos para 3,5 milhões de euros no arranque do ano

Agora com 553 restaurantes, as receitas do grupo Ibersol subiram 17,8% até março com a integração das unidades KFC que pertenciam à espanhola NRS. Acionistas aprovam dividendos de 29 milhões de euros.

A Ibersol fechou o primeiro trimestre de 2025 com prejuízos de 3,5 milhões de euros, um agravamento de 2,7 milhões face ao valor registado em igual período do ano passado, de acordo com os dados reportados esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O EBITDA atingiu os 24,5 milhões de euros, ultrapassando em 7,1 milhões o montante homólogo, com a respetiva margem a subir para 21,1% (+3,5 p.p.). Já o resultado financeiro líquido foi negativo em 3,9 milhões de euros, tendo piorado em 1,4 milhões “por efeito do aumento dos juros das locações”.

A dívida líquida (incluindo as responsabilidades com locação) ascendia a 176,9 milhões de euros no último dia de março, mais 700 mil euros do que no final de 2024. Em três meses, os empréstimos bancários aumentaram 8,3 milhões de euros, para um total de 37,3 milhões.

Até março, o grupo que opera várias cadeias de restauração registou um crescimento do volume de negócios de 17,8%, sendo que metade se deve à integração das cerca de 30 lojas KFC na região de Valência que pertenciam à espanhola NRS.

Se em Portugal o crescimento foi “moderado e sem grandes diferenças” entre os segmentos de balcões e restaurantes (com serviço à mesa, que inclui a Pizza Hut), as unidades em Espanha continuam a beneficiar do aumento do tráfego de passageiros nos aeroportos, que registou um acréscimo na ordem dos 5%.

No final do primeiro trimestre, a Ibersol somava 553 unidades (499 próprias e 54 franquiadas). Entre janeiro e março alienou o último restaurante Burger King, encerrou em definitivo um franquiado Pans em Espanha, abriu um Taco Bell em Portugal e inaugurou dois Pret a Manger no país vizinho (aeroportos de Málaga e Barcelona).

No mesmo documento, o grupo sediado no Porto contabiliza que os custos com pessoal representam agora 32,7% das vendas (-0,5 p.p.). O peso desce pela progressão do volume de negócios e por ter tido em 2024 “algumas concessões em formatos provisórios e em início de atividade, com produtividades mais baixas”.

Apesar do crescimento de 17,8% no volume de negócios, o resultado operacional das operações continuadas foi negativo em 600 mil euros, correspondendo a uma variação de -1,6 milhões de euros face ao período homólogo de 2024.

No mesmo relatório, a administração da Ibersol confia que, apesar da instabilidade internacional que tem abalado a confiança dos consumidores, “os mercados do sul da Europa, mais expostos ao turismo, continuarão a evidenciar uma maior resiliência face a um abrandamento natural no consumo”.

O grupo liderado por António Pinto de Sousa e Alberto Teixeira prevê concluir até maio a conversão de formatos de todos os restaurantes das concessões dos aeroportos de Madrid e Lanzarote. Por outro lado, indica que dará continuidade aos planos de expansão das marcas KFC, Taco Bell e Pret A Manger.

Reunidos esta sexta-feira em assembleia-geral, os acionistas do grupo aprovaram a proposta de aplicação de resultados, que inclui 29 milhões de euros em dividendos, que corresponde a 0,70 euros por ação, 1,8 milhões de euros para reserva legal e 6,1 milhões de euros para reservas livres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Ibersol agrava prejuízos para 3,5 milhões de euros no arranque do ano

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião