Break. Como fazer (bons) negócios ‘after-work’

  • Ana Luísa Alves
  • 26 Setembro 2016

Chegar a um evento sem conhecer ninguém e sair de lá com um emprego em vista ou uma ideia de negócio. É o objetivo do Break, um evento after-work marcado para as penúltimas quintas-feiras de cada mês.

Começa quando o trabalho acaba. E, normalmente, acaba quando o trabalho começa.

Todas as penúltimas quintas-feiras de cada mês, após saírem dos respetivos trabalhos, Gonçalo Fortes e David Costa, dois dos fundadores do evento, juntam dezenas desconhecidos no Hotel Florida, em Lisboa, num encontro informal que pretende ser mais do que uma mera “troca de cartões de contacto”. Uma troca de impressões no Break basta para dar início a um bom negócio. E os que se juntaram na passada quinta-feira, dia 22 de setembro, sabiam disso.

O último encontro contou com a ajuda de Diego Alvarez, um voluntário argentino bastante diligente na hora orientar curiosos ou novatos que apareceram no salão do hotel.

“Faço a conexão entre as pessoas”, afirma Diego. “Os portugueses ainda são um povo muito fechado e, se não conhecerem o evento e vierem sozinhos, não têm tanta facilidade de chegar aqui e começar a conversar com alguém”.

O Break foi o passo em frente que os organizadores Gonçalo Fortes, fundador e CEO da Prodsmart, e David Costa, dono do hotel, decidiram dar a um evento semelhante, Entrepreneurs Break. No Hotel Florida costumava decorrer o Florida After Seven, um evento para a comunidade digital de Lisboa a que Gonçalo Fortes costumava ir.

“Achámos que a ideia do Entrepreneurs Break estava muito gasta e falámos com o hotel para fazer algo diferente”, e assim surgiu a ideia de criar um evento after-work informal, sem speakers, sem convidados.

“Mais do que em entregar cartões, o Break foca-se nas pessoas”, salienta Gonçalo. “É um evento abrangente: tanto vêm pessoas que têm criaram start ups, jovens empreendedores, como também pessoas de outras áreas, que embora já tenham o seu emprego procuram novas oportunidades”.

A penúltima quinta-feira de setembro marcou a 26ª edição do evento. Mas que explica o sucesso destes encontros informais?

Segundo David Costa, há bons negócios (ou pelo menos boas ideias) que nascem no Break e pessoas, que embora cheguem sem qualquer perspetiva, saem com entrevistas de emprego marcadas ou uma rede de contactos pronta a ser usada.

Malik Piarali, um estudante do ensino secundário que recentemente lançou a startup Upframe, é um desses exemplos. Trabalhou este verão num projeto que lhe foi proposto num dos eventos do Break e já não dispensa os serões que as penúltimas quintas-feiras do mês lhe guardam.

“Antes de vir ao Break não tinha noção de que podia fazer isto: conhecer pessoas e fazer disto uma alternativa ao envio do currículo para encontrar emprego”, explica o CEO e fundador da Upframe.

A 27ª do Break volta no dia 20 de outubro. Até às dez da noite, Gonçalo, David, Malik e algumas dezenas de desconhecidos vão juntar-se no Hotel Florida para conviver, trocar contactos e partilhar ideias em busca de um bom negócio.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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