BRANDS' ECO Calibração dos novos processos financeiros: o carácter definitivo das soluções de improviso
Gonçalo Cardoso, Senior Manager EY, Global Compliance & Reporting Services explica como é que a função financeira pode contribuir para o contexto futuro e dos três pilares do seu novo modelo hibrido.
A pandemia Covid-19 acelerou de forma inevitável e premente uma realidade para a qual apenas algumas organizações se encontravam preparadas: o trabalho remoto.
Organizações de diferentes dimensões e estágios de digitalização tiveram de reagir com rapidez a uma situação sem precedentes, onde a tecnologia, resiliência, agilidade e redefinição de processos desempenharam um papel preponderante.
Os últimos 18 meses constituíram um período de procura de soluções (muitas vezes) de remediação e sobrevivência, que se acredita que nos levam a um ponto sem retorno: a reinvenção da função financeira das organizações.
Com a evolução da pandemia, é tempo de proceder à avaliação das novas abordagens e projetar de que forma poderão contribuir os departamentos financeiros das organizações num contexto futuro, assente num modelo que, tudo indica, será híbrido e terá por base três pilares:
- As pessoas – Inevitavelmente, as pessoas continuarão a desempenhar um papel chave nas organizações, sendo fundamental criar medidas que permitam fomentar o compromisso, a criatividade e alinhamento com os objetivos, processos/tarefas, que conjugados com uma forte componente tecnológica, tenderão a ser, cada vez mais, centrados na análise e revisão da informação financeira e não na sua preparação.
- Os processos – Assume especial preponderância revisitar as alterações introduzidas durante o “período pandémico”, fazer o comparativo entre o passado e o presente, avaliar as forças e fraquezas da mudança e documentar em conformidade. A documentação dos processos financeiros tem sido ao longo dos tempos uma das áreas mais menosprezadas, sendo fulcral proceder à sua recuperação e atualização, tendo em conta a implementação de tecnologia, por forma a garantir a sustentabilidade, agilidade da função financeira, em tempos de mudança e incerteza, para que a informação financeira tenha a qualidade e tempestividade adequada à tomada de decisão.
- A tecnologia – É igualmente fundamental aferir se a tecnologia introduzida e/ou adaptada é aquela que melhor se coaduna com as necessidades da organização, bem como garantir que tem as bases necessárias para poder alicerçar modelos de trabalho essencialmente digitais e remotos, que deverão ter, na sua génese, ferramentas apropriadas e dotadas de soluções robustas e ágeis que permitam a redução de tarefas manuais, repetitivas e sujeitas a erro.
O desafio pode ser grande, mas as oportunidades e benefícios que podem resultar deste novo paradigma, acredita-se, que são imensuravelmente maiores. A função financeira das organizações terá necessariamente que se autoavaliar e, muitas vezes, procurar parceiros experientes que consigam apoiar na calibração destes três pilares de forma transversal e equilibrada, sob pena de as soluções de improviso/recurso se tornarem definitivas mas inapropriadas.
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