Celbi vai ter processo industrial único na Europa

A Celbi promete investir 40 milhões de euros,manter mais de 200 postos de trabalho e aumentar as exportações para 80% do seu volume de negócio. A minuto do contrato de investimento é hoje conhecida.

Celulose Beira Industrial (Celbi), uma empresa do grupo Altri, viu hoje publicada em Diário da República, as cláusulas (públicas) do contrato de investimento aprovado há duas semanas em Conselho de Ministros. Em causa está um investimento de 40 milhões de euros para a instalação de uma nova linha de descasque e destroçamento de rolaria de madeira.

Este investimento promete ser uma inovação “a nível internacional”, sendo que as “novas tecnologias” utilizadas correspondem “ao estado da arte, permitindo dotar a Celbi da maior unidade do mundo para descasque e rolaria de eucalipto”. “A Celbi tornar-se-á a única detentora em Portugal, e na Europa, deste processo industrial, de muito elevada capacidade e complexidade, integrando -se num muito restrito grupo de empresas, a nível mundial, detentoras destas tecnologias e desta dimensão de processo”, precisa o despacho conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Economia.

Os investimentos visam “garantir a obtenção das condições adequadas para produzir novos tipos de pasta de papel: pastas premium de brancura elevada e pastas de baixo teor em organoclorados para o mercado do papel tissue“.

Em termos de postos de trabalho, a meta é manter os mais de 200, mas também contribuir para a criação de sete postos de trabalho altamente qualificados, ao longo de cinco anos. “É de destacar, neste contexto, uma variação positiva da Taxa de Emprego Altamente Qualificado em cerca de 2,2 %, passando a empresa de 65 postos de trabalho com qualificação superior, em 2014, para 72 em 2019”.

A fábrica na Figueira da Foz deverá ainda gerar uma “atividade industrial de mais de 396 milhões de euros por ano, num mercado de dimensão internacional, tendo impacto na criação de valor pela via da internacionalização”. O objetivo é que entre o ano pré-projeto (2014) e o ano pós -projeto (2019) se verifique um aumento do valor global de exportações de 287 milhões de euros para 317 milhões de euros, representando perto de 80% do volume de negócios total” da empresa.

A Celbi prevê “um acréscimo significativo das compras e subcontratação de serviços a empresas nacionais superior a 12 milhões de euros, quando
comparado com o ano pré-projeto”, ou seja, o ano de 2014. E garante que o projeto terá que “um impacto significativo nas atividades a montante e a jusante da cadeia de valor, essencialmente nas PME”, nomeadamente com “as empresas fornecedoras de matérias-primas, produtos químicos, materiais e outros equipamentos, bem como, de empresas prestadoras de serviços de transporte e de assistência técnica, muitas delas localizadas na área da empresa”.

“Em 2020, as Compras e os Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) efetuadas em território nacional deverão ascender aos 260 milhões de euros, correspondentes a mais de 87 % do total das Compras e FSE da empresa”, precisa o despacho.

Por este investimento, com estas condicionantes, a Celbi recebe um incentivo de 4,02 milhões de euros do Compete, o programa operacional das empresas, mas também incentivos fiscais ou a possibilidade de ter parte do incentivo comunitário a fundo perdido. Contudo, essas contrapartidas não são públicas.

 

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