VW corta 25.000 postos de trabalho em 10 anos
A redução vai ser faseada ao longo dos próximos 10 anos. O corte no número de funcionários é o resultado da aposta do grupo no desenvolvimento de veículos elétricos.
A gigante automóvel Volkswagen prepara-se para reduzir o número de trabalhadores na Alemanha, prevendo que sejam dispensados 2.500 funcionários por ano, durante um período de 10 anos. A medida foi confirmada pelo presidente do sindicato dos trabalhadores da empresa, Bernd Osterloh, que frisou que esta é consequência de uma nova estratégia do grupo que se vai focar no desenvolvimento de carros elétricos.
Osterloh, que é também membro do Conselho de Administração do grupo, afirmou que o número de trabalhadores afetados pode oscilar, visto que o sindicato exigiu que as rescisões sejam voluntárias, principalmente através de reformas antecipadas. Ao sublinhar que as negociações têm sido difíceis, disse também que foi garantido pelo grupo que não ia ser feito nenhum despedimento por razões comerciais.
"A empresa tem-se mostrado disposta, mas estamos a negociar de uma forma muito dura.”
Esta notícia vem no seguimento da assembleia de trabalhadores que decorreu há cerca de um mês em Wolfsburgo, que contou com a presença de cerca de 20.000 funcionários, e na qual se anunciou o lançamento dessa nova estratégia, marcado para novembro. Esta vontade de seguir pelo caminho dos elétricos já tinha sido anunciada pelo presidente do grupo, Matthias Müller, no VW Group Media Night, que afirmou que “o futuro é elétrico”.
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O escândalo dos motores poluentes levou a gigante alemã a repensar o seu foco e, embora o novo plano só seja divulgado no próximo mês, já se sabe que os objetivos são ter cerca de 30 modelos elétricos — com autonomia para 500 quilómetros — no mercado até 2020 e que esses perfaçam, até 2025, um quarto da produção do grupo.
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