Fosun quer reforçar negócio do BCP na China

A Fosun quer passar a deter 30% do BCP e está disposta a investir até 531 milhões de euros no aumento de capital.

A Fosun quer ajudar o BCP a reforçar o negócio na China, bem como melhorar a rentabilidade do banco. Ao mesmo tempo, a instituição liderada por Nuno Amado vai servir como plataforma para a Fosun expandir o negócio na Europa e em África.

Estas são algumas das vantagens enumeradas pela Fosun para justificar a participação no aumento de capital de 1.300 milhões de euros que o BCP vai realizar, notícia avançada na segunda-feira pelo ECO. O grupo chinês, que atualmente detém uma participação de 16,67% no capital do banco português, quer subscrever um número de ações suficientes para passar a deter 30% do BCP e está disposto a investir entre 400 milhões e 531 milhões de euros.

“Após a conclusão das transações, o BCP deverá tornar-se um importante investimento do grupo e uma plataforma financeira abrangente para ajudar o grupo a expandir o negócio na Europa e em África. O grupo acredita que os serviços financeiros internacionais do BCP vão criar sinergias com a capacidade do grupo de combinar o crescimento atual da China com recursos globais”, refere o comunicado da Fosun.

Neste contexto, há quatro vantagens em participar no aumento de capital do BCP:

  1. “O grupo planeia aplicar as suas capacidades de investimento e outros recursos para ajudar o banco a alargar os negócios relacionados com a região da Grande China e para melhorar a rentabilidade do banco”;
  2. O aumento de capital “deverá reforçar a capacidade do grupo de prestar serviços financeiros internacionais, incluindo banca comercial e banca de investimento”;
  3. O aumento de capital deverá ainda “reforçar a presença do grupo no mercado português”.
  4. Por fim, vai ajudar a expandir a rede internacional da Fosun, ajudando-a a “entrar rapidamente nos mercados financeiros da Polónia, Moçambique, Angola e Suíça”.

Os responsáveis da Fosun sublinham ainda — e apesar de, no início do comunicado, referirem que o preço de 9,4 cêntimos por ação do aumento de capital representa um desconto de 38,6% — que “os temos da operação são normais, justos e razoáveis e no interesse da empresa e dos acionistas como um todo”.

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