CodeFights: Deixa o currículo de lado e mostra o que vales

Esta aplicação desenvolvida por antigos engenheiros da Google pretende ajudar as empresas a selecionar os candidatos através das suas capacidades de programação e não do seu currículo.

Quem disse que a regra para ser contratado é ter o melhor currículo? Para esta startup, fundada por antigos engenheiros da Google, o segredo é ter várias competências. A CodeFights procura ajudar as empresas recrutadoras a selecionarem os candidatos pelas suas capacidades e não apenas pelo currículo.

Chama-se CodeFights (ver aqui) e é uma startup que pretende revolucionar a entrada no mercado de trabalho. Segundo a equipa, os melhores engenheiros já não vêm, obrigatoriamente, das melhores escolas nem passaram pelas melhores empresas. No entanto, as empresas que recrutam, normalmente usam esses critérios para a seleção do candidato. E é isso que a CodeFights quer mudar.

“O que a indústria de recrutamento continua a fazer é usar o pedigree como um substituto das capacidades“, diz Tigran Sloyan, CEO da CodeFights. “Os engenheiros já não vêm das melhores escolas nem das principais empresas”, acrescenta. Nos últimos dois anos, a CodeFights tem tentado ajudar, ao mesmo tempo, os candidatos e as empresas recrutadoras.

Como funciona a CodeFights?

A CodeFights foi fundada por antigos engenheiros da Google e destina-se, principalmente, a profissionais dessa profissão. O site cria exercícios de programação e desafios, que servirão como uma base de dados para as empresas, de forma a permitir selecionar os candidatos com as melhores capacidades. Depois de se aperceberem dos resultados da startup, várias empresas — Uber, Asana e Evernote, propuseram a criação de um sistema de ferramentas interno, que permita selecionar e avaliar os candidatos.

E eis que nasceu esse tão pedido sistema — CodeFightsR. As empresas podem usar o CodeFightsR para enviar aos candidatos testes de capacidade e o sistema avaliará os níveis de habilidade de cada um, com base nos resultados desses testes. Feito isto, as empresas analisam as pontuações dos candidatos para decidir quais podem e devem chamar para uma entrevista, independentemente do sexo ou da etnia, ou até mesmo da faculdade de onde vieram. “Os preconceitos são naturalmente apoiados pela falta de dados reais das pessoas”, disse Sloyan.

À pesca de candidatos

Mas as empresas também podem usar o CodeFightsR para encontrar candidatos novos, em vez de se cingirem apenas aos existentes na base de dados. Os interessados que entrem no site da CodeFights podem competir nos testes contra perfis falsos criados pelas empresas, de forma a perceber as habilidades dos mesmos. Se conseguirem bons resultados, esses perfis falsos automaticamente vão perguntar ao candidato se estariam interessados em alguma oportunidade nessa determinada empresa.

As empresas veem a mudança.

Tigran Sloyan

CEO da CodeFights

Quando percebes que, em vez de olhares para o currículo de alguém e procurares certas palavras-chave, tu podes realmente saber quem essa pessoa é um excelente engenheiro de Java ou de Android sem sequer teres falado com ela, é uma grande transformação na visão da empresa“, acrescenta.

O CodeFightsR também oferece dicas às empresas relativamente as seus processos de contratação como, por exemplo, a relevância das questões de teste para o cargo. Os visitantes podem ainda ter acesso à “parede da fama”, onde constam casos de candidatos que foram selecionados pelas empresas através do sistema.

Equipa CodeFights

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

CodeFights: Deixa o currículo de lado e mostra o que vales

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião