IPO da Swiss Re em Londres correu mal
O mercado considerou excessiva a avaliação atribuída à ReAssure, filial britãnica dos suiços, perante cenário de um Brexit sem acordo e uma desaceleração da economia mundial.
A Swiss Re adiou o IPO, colocação em bolsa, que pretendia realizar com a sua subsidiária britânica ReAssure, após resposta negativa do mercado. A operação destinava a baixar a sua participação de 75% para 49% para mais facilmente mobilizar outros investidores para financiar a expansão da atual subsidiária. Simultaneamente, a ReAssure poderia trabalhar sob outra regulação que não a do Reino Unido.
A fraca resposta do mercado perante uma avaliação da ReAssure entre os 2,8 e os 3,3 milhões de libras, deveu-se a – segundo The Guardian – desconfiança perante um Brexit sem acordo e uma desaceleração da economia mundial, mas também com causas específicas de sinistros na Funding Circle e da Aston Martin, cujos detalhes não foram revelados.
Para a operação a resseguradora tinha contratado conjuntamente para a coordenação global o Crédit Suisse, a Morgan Stanley e a UBS enquanto o BNP Paribas e o HSBC comercializaram.
No entanto, John Dacey, CFO da Swiss Re comentou que este adiamento também foi consequência de não “existir pressa em concretizar esta operação”. A empresa britânica tem 68,7 mil milhões de libras sob gestão e teria interesse de colocar a sua carteira “zombi”, um conjunto fechado de apólices sem admissão de novo negócio, nas mãos de fundos especializados neste tipo de gestão. Perante “fraca resposta” a Swiss Re decidiu adiar, não cancelar, a operação.
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