Dorian tão forte como as resseguradoras
Talvez chegue à Florida em categoria 4, mas o potencial prejuízo do ciclone pode atingir 40 mil milhões de dólares se provocar fortes danos nas costas dos Estados Unidos.
O ciclone Dorian está a levar as resseguradoras a acompanhar a sua evolução ao minuto, uma vez que o intervalo de danos se pode situar entre os 5 e os 40 mil milhões de dólares.
Depois de ter destruído bastante as Bahamas, The Guardian fala em 13 mil habitações, o furacão está na Florida e na Georgia, já em território dos Estados Unidos.
As resseguradoras, principais vítimas financeiras da ocorrência, estão bem capitalizadas para o efeito, afirma a agência S&P citada pelo jornal Tribune des Assurances, devido a um primeiro semestre deste ano de custos com sinistros inferiores à média, a orçamentos a preverem catástrofes maiores do que as verificadas e aos lucros da atividade.
No entanto, se as perdas ultrapassarem as causadas pelo furacão Irma em 2017 que causou prejuízos de 31 milhões de dólares, em 2020 prevê-se aumento das tarifas de resseguro a nível mundial.
Para pequena ilustração ao tipo de danos que um furacão de categoria 4 ou 5 pode provocar na região, a S&P refere os danos possíveis só na área de uma empresa produtora de energia elétrica:
- A Florida Power & Light (FP&L) tem duas centrais nucleares na região com dois reatores cada uma no total de 3900 MW que terão de fechar duas horas antes da chegada do ventos ciclónicos, ou seja, acima de cerca de 100 km/h.
- Ainda a FP&L tornou-se a maior fornecedora de energia fotovoltaica na Florida com 1250 MW instalados em 18 instalações desde Maio passado, sendo o Dorian o primeiro teste real à sua resiliência.
- Só esta empresa tem 5 milhões de consumidores e, em 2017 o ciclone Irma, teve impacto em cerca de 97% dos clientes. Na Florida, cerca de 700 mil habitações estão no alcance possível do Dorian.
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