Generali subvaloriza ativos europeus da Metlife
A proposta dos italianos não agradaram à MetLife e as negociações que duravam há seis meses parecem não estar a ter continuidade. Para além do preço há outros contras.
A Generali SpA encetou conversações com a Metlife para compra de ativos europeus da companhia norte-americana, mas o preço oferecido pela italiana não satisfaz a contraparte. E não só.
No quadro das negociações que se arrastam há cerca de seis meses, a Generali terá avançado com uma proposta firme superior a 2 000 milhões de euros por ativos que a MetLife detém principalmente na Polónia, Hungria, República Checa e Roménia. Por seu lado, a MetLife considerou a proposta muito baixa, revelou a agência a Bloomberg.
Fontes citadas pela Reuters adiantaram que a Generali está interessada em absorver também uma parte das operações da MetLife distribuídas pela Itália, França, Reino Unido e outros mercados do leste europeu. Mas também não chegou a acordo sobre este pacote.
Não tem sido indicada qualquer posição concreta sobre os interesses da MetLife em Espanha e Portugal.
Para além do preço, a estrutura do negócio proposta pela potencial adquirente terá sido outro obstáculo para que as negociações fossem concluídas ainda este ano. As mesmas fontes acrescentam que as duas companhias já nem sequer reúnem presencialmente para falar do assunto.
A Assicurazioni Generali é a terceira entre as maiores companhias europeias do setor segurador. Em julho deste ano, a companhia anunciou o reforço da sua posição em Portugal com a compra da Seguradoras Unidas (detentora da Tranquilidade e AdvanceCare, entre outras marcas), por um montante global de 600 milhões de euros (510 milhões pela Unidas e 90 milhões de euros pela plataforma de seguros de saúde).
Este negócio – que eleva a posição da Generali para mais de 18% no mercado português não-Vida – teve como contraparte entidades controladas por fundos de investimento geridos por filiais da Apollo Global Management.
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