Receitas da Renault afundam 26,8% com fatura da pandemia
Só no terceiro trimestre é que o volume de negócios da Renault começou a melhorar, apesar de ainda ter registado uma queda de 8,2%, para 10,37 mil milhões de euros.
A faturação do grupo francês Renault caiu 26,8% nos primeiros nove meses deste ano, para 28,8 mil milhões de euros, face mesmo período do ano anterior, foi anunciado esta sexta-feira em comunicado.
O fabricante automóvel explicou que só no terceiro trimestre é que o volume de negócios da Renault começou a melhorar, apesar de ainda ter registado uma queda de 8,2%, para 10,37 mil milhões de euros, em termos homólogos. Nos primeiros três meses deste ano, a faturação do construtor automóvel registou uma queda de 19,2%, para 10,1 mil milhões de euros, enquanto no segundo trimestre o volume de negócios caiu 46,5%, para 8,3 mil milhões de euros, em relação ao período homólogo.
Em número, as vendas mundiais do grupo caíram 26% nos primeiros nove meses face a idêntico período do ano anterior, para 2,06 milhões de unidades, e no terceiro trimestre houve um abrandamento no ritmo da queda para 6,1%, correspondendo a um total de 806.320 unidades. No mercado francês, tradicionalmente o principal mercado da Renault, as vendas caíram 25,8% (382.916 unidades) nos primeiros nove meses do ano, mas aumentaram 2,7% de julho a setembro (140.382 unidades).
Na Eurásia, por seu lado, observou-se uma queda nas vendas de 5,8% até setembro (504.776 unidades), mas registou-se um crescimento de 9,2% no terceiro trimestre (207.309), o mais acentuado de todas as regiões. Uma das melhorias mais assinaláveis ocorreu no conjunto da Europa, onde depois de uma queda das vendas de 30,9% nos primeiros nove meses (1,02 milhões de unidades), a queda foi atenuada, de 2,9% (405.223 unidades).
A presidente executiva interina, Clotilde Delbos, explicou numa conferência de apresentação dos resultados aos analistas que “na Europa houve uma forte recuperação do volume, após o impacto desastroso dos efeitos do confinamento”. O fabricante explicou também que a carteira de encomendas aumentou 60% no final de setembro, em termos homólogos, e que possui um volume elevado, além de adiantar que os stocks caíram 22% na comparação com 30 de setembro do ano passado.
A presidente executiva interina realçou que o grupo mantém o plano de redução de sua estrutura de custos e evitou fazer previsões para o final deste ano devido à incerteza em torno do avanço da pandemia.
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