Plano da TAP já só vai ter resposta de Bruxelas no segundo trimestre

É precisa a aprovação de Bruxelas para que o plano de reestruturação possa começar a ser implementado e que seja desbloqueada mais uma tranche de apoio público.

A Comissão Europeia já só deverá validar o plano de reestruturação da TAP no segundo trimestre do ano. A expectativa foi avançada, numa audição parlamentar esta terça-feira, pelo chairman Miguel Frasquilho, que diz não esperar um resultado negativo. Após ter recebido uma injeção inicial de 1,2 mil milhões de euros ainda em 2020, a TAP só poderá receber mais apoio público depois de receber ok de Bruxelas.

“As interações com a Comissão Europeia iniciaram-se há largas semanas. Quem as dirige é o Governo português e a TAP não está sempre presente, mas está em várias reuniões”, explicou Frasquilho, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. “O que posso dizer é que o plano é visto como credível, cuidadoso e resiliente”.

“As reuniões que temos tido com a Comissão Europeia têm sido pautadas por um clima construtivo. Mas é claro que vamos ter muito mais reuniões ainda. Vamos continuar a trabalhar para que seja aprovado. Não me passa pela cabeça — nem a mim nem aos meus colegas — que o plano não seja aprovado em Bruxelas“, sublinhou, avançando, no entanto, já não esperar essa resposta em março.

É precisa a aprovação de Bruxelas para que o plano de reestruturação possa começar a ser implementado e que seja desbloqueada mais uma tranche de apoio público. Questionado sobre até quanto é que a companhia aérea consegue sobreviver, Frasquilho rejeitou responder, dizendo apenas que “a TAP mantém-se em funcionamento com os recursos dos contribuintes, a quem estamos muito agradecidos”.

Esse plano de reestruturação assenta no ajustamento da capacidade (dimensionamento de frota e otimização de rede), otimização dos custos operacionais (negociação de leasings, revisão de custos com terceiros, ajuste dos custos laborais), melhoria da receita (receitas de passageiros, operação de carga, entre outras), venda de ativos e melhoria da estrutura do balanço.

Pretende-se que as medidas permitam à empresa atingir o breakeven operacional em 2023 e possa, em 2025, gerar fundos suficientes para começar a pagar dívida. “A TAP vai mesmo ter de mudar de vida. A TAP vai ter de ser uma empresa sustentável e rentável“, acrescentou Frasquilho.

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