Lucro da Corticeira Amorim cai para 64 milhões em 2020. Mantém dividendo

O resultado líquido da Corticeira Amorim diminuiu 14,2%, face a 2019. Vendas caíram 5,2%. Na linha com anos anteriores, empresa quer distribuir um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação.

Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, a Corticeira Amorim teve um resultado líquido de 64,3 milhões de euros, menos 14,2% que em 2019. A empresa quer distribuir um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação, tal como nos anos anteriores.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa de António Amorim nota que “o resultado líquido da Corticeira Amorim atingiu os 64,3 milhões de euros em 2020, uma redução de 14,2% face ao registado no ano anterior [74,947 milhões de euros]”.

A empresa considera que, apesar de tudo houve uma “resiliência nas vendas”, ao atingirem os 740,1 milhões de euros. Ainda assim, trata-se de uma queda de 5,2% face ao ano anterior (com 781 milhões). A quebra é, então, justificada com a pandemia de Covid-19 e por uma “evolução cambial desfavorável, especialmente no segundo semestre do ano”.

Em termos trimestrais, as vendas foram díspares. No primeiro trimestre houve um crescimento de 0,7%, mas logo no segundo trimestre, afetadas pelos confinamentos registados nesta altura, caíram 10,5%. No terceiro e quarto trimestre tiveram uma queda de 5,5%. No geral, todas as unidades de negócio foram afetadas a partir do segundo trimestre, exceto a unidade de revestimentos.

“O EBITDA [resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização] consolidado atingiu os 122,5 milhões de euros”, menos 1,8% e o rácio “EBITDA/Vendas subiu para 16,6% beneficiando do consumo de matérias-primas a preços mais favoráveis e de aumentos de preços de vendas, que compensaram o efeito negativo de menores níveis de atividade e da desvalorização cambial”, refere também a empresa no comunicado.

Apesar destes resultados, o Conselho de Administração deliberou propor à Assembleia Geral de Acionistas, que se realiza a 23 de abril, a distribuição de um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação, ou seja, o mesmo valor entregue aos investidores no ano passado.

As perspetivas para 2021 ainda são incertas e a empresa espera que, no primeiro trimestre, haja ainda um impacto negativo da pandemia. No que diz respeito ao resto do ano, a Amorim diz-se dependente, tal como o resto da economia, “do processo de vacinação” e da eficácia da vacina, bem como de eventuais novos confinamentos.

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