Plano de desconfinamento a circular nas redes sociais “é falso”. Costa faz denúncia ao Ministério Público

Suposto plano de desconfinamento que está a circular nas redes sociais "não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo", diz António Costa. Governo faz denúncia ao Ministério Público.

Há um documento a circular nas redes sociais com o plano de desconfinamento. Com o grafismo habitualmente utilizado pelo Governo, este “plano” aponta várias datas para o regresso à “normalidade”, com o agendamento da reabertura das escolas, dos estabelecimentos mas também o fim do teletrabalho. Foi partilhado entre muitos portugueses, mas António Costa garante que é “um documento falso”. Aliás, “este não é ainda o momento do desconfinamento”.

“Encontra-se a circular um documento falso que apresenta um suposto plano de desconfinamento, imputado ao Governo, o qual consiste numa adulteração abusiva da tabela de desconfinamento divulgada em abril do ano passado“, diz o gabinete do primeiro-ministro, em comunicado enviado às redações.

Este documento apresenta várias datas para o desconfinamento, começando a 15 de março com o fim do confinamento geral, passando-se ao dever cívico de recolhimento obrigatório, mas também a reabertura de estabelecimentos como os cabeleireiros. E tem ainda a retoma do ensino presencial, com o 1.º Ciclo a reabrir a meados de março ou início de abril. Mas nada disto é verdadeiro.

Este é o documento falso que circula nas redes sociais:

Este documento, continua António Costa, “não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade”.

“Pela desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar, com o inerente risco para a saúde pública, esta falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público”, remata.

“É inoportuno falar em desconfinamento”

Este documento surge numa altura em que o país se prepara para um novo estado de emergência, até 16 de março, em que se mantêm as mesmas regras do atual. Ou seja, obrigatório ficar em casa, escolas fechadas e grande parte do comércio encerrado, isto apesar de os números da pandemia estarem a registar melhorias.

Tem vindo a aumentar a pressão para o desconfinamento. E o Governo está a prepará-lo. “Encontra-se a preparar os futuros passos de desconfinamento, que serão dados em devido tempo, em articulação com a estratégia de testagem e o plano de vacinação”, refere o comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

No entanto, reiterando a posição que tem apresentado publicamente, António Costa afasta, para já, revelar qualquer detalhe desse plano. “O Governo considera que é inoportuno proceder nesta fase a qualquer apresentação ou discussão pública sobre o tema. Este não é ainda o momento do desconfinamento”.

Invocando o “projeto de decreto de Sua Excelência o Presidente da República, não é recomendado pelos peritos reduzir ou suspender, neste contexto, as medidas de restrição dos contactos”, remata.

(Notícia atualizada às 12h56 com mais informação)

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