UE espera 360 milhões de doses de vacina no 2º trimestre. Admite apertar regras de exportação

Pfizer/BioNTech é o maior fornecedor, com 200 milhões de doses. Bruxelas já exportou 44 milhões de doses para mais de 30 países, mas pode apertar as regras para países como EUA ou Reino Unido.

A União Europeia (UE) está à espera de receber, no total, 360 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no segundo trimestre de 2021, segundo anunciado esta quarta-feira, na conferência de imprensa sobre a resposta europeia à pandemia. E Bruxelas alerta poderá apertar as regras relativas à exportação de vacinas para outros países.

Com a mais recente aprovação por parte da Agência Europeia do Medicamento, a vacina da Johsnon & Johnson, e a negociação de mais 10 milhões de doses da Pfizer/BioNTech, a UE verá um total de 360 milhões de doses. São 55 milhões de vacinas de dose única da Johnson&Johnson, 200 milhões de doses da Pfizer/BioNTech, 35 milhões da Moderna e 70 milhões da AstraZeneca.

“O início foi difícil. Agora estamos a fazer progressos”, escreveu a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen na rede social Twitter. Segundo von der Leyen, as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech chegarão a tempo e as primeiras doses da vacina da Johnson&Johnson chegam em abril, mas a responsável não escreveu ainda nada sobre a vacina da AstraZeneca, que tem gerado polémica, com vários países europeus a suspenderem o seu uso.

Com estas doses, “conseguimos atingir o objetivo de ter 70% da população adulta vacinada no final do verão”, afirmou.

Na conferência desta quarta-feira, foi posta em cima da mesa a possibilidade de apertar as regras de exportações de vacinas para outros países. A Presidente da Comissão ameaçou proibir a exportação de vacinas para países produtores que tem proibições (como os Estados Unidos) ou que têm a taxa de vacinação mais alta que a UE (como o Reino Unido). No total, revelou, a Europa já exportou 44 milhões de doses para 33 países.

No Twitter escreveu: “Se necessário, refletiremos sobre a forma de ajustar as nossas exportações com base na reciprocidade e, no caso de países com taxas de vacinação mais elevadas do que nós, na proporcionalidade”.

A vacinação na UE tem sido criticada, especialmente devido ao atraso sentido face aos Estados Unidos e Reino Unido, mas também devido ao sistema de distribuição entre os vários Estados-membros.

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