Wall Street afunda. Treasuries tocam máximos de 14 meses
Fed espera que a economia cresça ao ritmo mais rápido em 40 anos, mas o sentimento é negativo nas ações. E o maior tombo foi da tecnologia, que perdeu 3%.
As principais praças norte-americanas fecharam em forte queda, com as preocupações em relação à evolução da pandemia na Europa. As perdas nos mercados acionistas aceleraram depois de França ter imposto um novo confinamento.
O índice industrial Dow Jones caiu 0,46% para 32.862 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 recuou 1,5% para 3.915 pontos. As ações da energia lideraram com uma desvalorização de quase 5% a acompanhar o preço do petróleo. Tanto as ações como o petróleo foram especialmente penalizados pelos receios em relação à pandemia.
“O último golpe veio da notícia do confinamento em Paris. Não foi bem recebido”, explica Joe Saluzzi, codiretor de operações da Themis Trading, em declarações à Reuters. “Nos Estados Unidos, prevemos esta grande reabertura e o vírus parece bem controlado, mas fora dos EUA nem tudo parece bem“.
O novo confinamento é conhecido depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado, na quarta-feira, esperar que a economia norte-americana cresça ao ritmo mais rápido em 40 anos. Ainda assim, o sentimento é negativo nas ações. E o maior tombo foi do índice de tecnológico Nasdaq, que perdeu 3,02% para 13.116 pontos, a maior queda diária desde 25 de fevereiro. A Apple e a Amazon estiveram entre as cotadas que desvalorizaram mais de 3%.
Os títulos do setor são especialmente sensíveis ao desempenho das Treasuries já que o valor depende fortemente dos lucros futuros descontados da subida dos juros da dívida norte-americana. Esta quinta-feira, a yield das Treasuries a dez anos tocaram o máximo de 14 meses nos 1,75%.
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