António Costa e Silva deixa Partex após dissolução da petrolífera
Depois da venda da Partex à tailandesa PTTEP, em 2019, Costa e Silva manteve-se na empresa “no pressuposto da continuidade da companhia", que foi entretanto dissolvida e liquidada.
António Costa e Silva anunciou esta quarta-feira a cessação de funções de Presidente do Conselho de Administração da Partex, depois da única acionista, PTTEP (PTT Exploration and Production), ter procedido à dissolução e liquidação da petrolífera.
“Tendo em conta a recente decisão da acionista única, a PTTEP, de não continuar a companhia e de proceder à sua dissolução e liquidação, e em consequência disso, venho comunicar que cessam a partir de hoje as minhas funções de Presidente do Conselho de Administração, e desejo que o processo que agora se enceta salvaguarde devidamente os direitos e os interesses de todos nele envolvidos”, informou António Costa Silva em comunicado, ao qual a agência Lusa teve acesso.
António Costa Silva recordou que, em 2019, quando a Partex foi vendida à Companhia Nacional Tailandesa PTTEP, a nova acionista solicitou-lhe que continuasse com as suas funções na administração, o que aceitou “no pressuposto da continuidade da Companhia”.
A 31 maio de 2020 o primeiro-ministro António Costa convidou António Costa Silva para coordenar a preparação do Programa de Recuperação Económica. A 16 de abril de 2021, o primeiro-ministro nomeou António Costa Silva para presidir à Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Portugal foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas o seu PRR, tendo sido também o primeiro a ter aval da Comissão Europeia, em 16 de junho passado.
O Plano de Recuperação e Resiliência prevê reformas e investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização no valor de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.
O período de execução é até 2026, estando previsto um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.
A Fundação Calouste Gulbenkian concluiu a 4 de novembro de 2019 a venda da petrolífera Partex à tailandesa PTTEP por cerca de 622 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros na altura).
A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability. A operar desde 1985, tem 46 projetos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo.
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