Putin admite que preço do barril de petróleo chegue aos 100 dólares
"Não permitimos grandes aumentos de preços. Não é do nosso interesse. Cumprimos integralmente todas as nossas obrigações em relação aos cortes de produção”, disse Putin.
O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu esta quarta-feira ser possível que o preço do barril de petróleo atinja os 100 dólares (cerca de 85 euros), embora tenha destacado que uma alta significativa dos preços não interessa aos produtores.
“É bem possível”, respondeu Putin, durante uma sessão na Semana da Energia da Rússia, quando confrontado com a hipótese de o preço do barril de petróleo chegar à marca simbólica de 100 dólares.
O Presidente da Rússia defendeu que os preços estão a subir, mas que a Rússia e os seus parceiros na aliança OPEP + “estão a fazer tudo o que é possível para estabilizar totalmente o mercado de petróleo”.
A cotação do barril de petróleo do tipo Brent para entrega em dezembro encerrou esta terça-feira na bolsa de Londres a 83,41 dólares (cerca de 71 euros), 0,30% a menos que no final da sessão anterior.
“Não permitimos grandes aumentos de preços. Não é do nosso interesse. Cumprimos integralmente todas as nossas obrigações em relação aos cortes de produção”, explicou Putin, acrescentando que, apesar da estabilização do mercado, a Rússia ainda não atingiu o nível pré-crise da pandemia do covid-19, que era de 11 milhões de barris por dia.
“A nossa atitude é a de aumentar a produção de acordo com as necessidades do mercado”, concluiu Putin.
A OPEP e os seus aliados decidiram na sua última reunião, em outubro, manter o plano conservador, definido em julho, de aumentar gradualmente as extrações conjuntas até setembro de 2022, adicionando 400.000 barris por dia a cada mês.
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