BRANDS' ECO Como vai o retalho migrar para o online este Natal
Para os retalhistas, na época de Natal tudo pode ser relativo quando se considera o bloqueio de espaços físicos no último ano, e a mudança acelerada para o comércio digital em resposta à pandemia.
De acordo com o mais recente Shopping Index da Salesforce, durante o segundo trimestre do último ano as empresas constataram um enorme crescimento de 71% face a igual período do ano anterior, à medida que mudavam para um mundo online. O crescimento de 3% que verificamos durante o mesmo período deste ano mostra um crescimento contínuo do crescimento digital. Com mais pessoas vacinadas e de regresso às lojas, o futuro do retalho irá continuar centrado na competição pela fidelização do consumidor num mundo totalmente digital.
Para ajudar o retalho e as marcas a avaliarem o desempenho do período de Natal, a Salesforce analisou dados agregados para produzir insights a partir da atividade de mais de mil milhões de compradores globais em mais de 40 países. Estes dados não revelam apenas o que está a moldar o período que se avizinha, mas também como isso afetará a forma como os consumidores irão comprar em 2022. Adicionalmente, demonstram também como, nos esforços do retalho para evitar interrupções para os consumidores e criar resiliência nos seus negócios, estes estão a direcionar-se para um futuro marcadamente digital.
Permitir que os clientes façam a gestão de pagamentos com responsabilidade
Neste período de Natal, prevemos que o crescimento digital atinja taxas recordes de 7% (1.2 biliões de dólares – do inglês trillion) a nível global. O que também está a aumentar, no entanto, são os custos – um fardo que será sentido em toda a cadeia de abastecimento. Para o retalho e para os seus fornecedores, os motivos incluem, mas não estão limitados a capacidade de fabrico, custos de logística e escassez de mão de obra. Para os consumidores, problemas de stock e custos mais altos que alimentam a inflação significam que se pode esperar preços mais altos de produtos de retalho.
À medida que os consumidores lutam com preços mais altos, prevemos que a procura global e o uso de métodos “compre agora, pague depois” aumente. Com um sistema omnicanal sólido que permite compras online e na loja, os retalhistas podem capacitar os consumidores com ferramentas de pagamento simples, transparentes e financeiramente responsáveis.
"A combinação entre os colaboradores de loja a dar resposta a pedidos online e a oferecer um corredor infinito de produtos com a capacitação dos consumidores para fazer compras na loja significa que os espaços físicos irão servir como um componente crítico das estratégias digitais nesta época de Natal.”
Tornar as lojas numa parte crítica da estratégia digital
Considerando que os atrasos no envio foram o principal spoiler dos consumidores no ano passado, podemos esperar que os consumidores façam pedidos cada vez maiores. Como os atrasos nos portos e os custos cada vez mais altos de contentores formam as duas principais pressões que moldam esta temporada de compras, no entanto, as preocupações dos consumidores estão a aumentar em relação à disponibilidade do produto. Como resultado, podemos esperar que os consumidores se adiantem para evitar quebras de stock, com as compras pré-Cyber Week a crescer 3% globalmente (para 129 mil milhões de dólares).
A combinação entre os colaboradores de loja a dar resposta a pedidos online e a oferecer um corredor infinito de produtos com a capacitação dos consumidores para fazer compras na loja significa que os espaços físicos irão servir como um componente crítico das estratégias digitais nesta época de Natal.
Prevê-se que mais de seis em cada dez pedidos online globais sejam influenciados por locais físicos – quer seja a ajudar a fazer um pedido online ou atendendo-o através de opções de recolha em sistema Drive Through. Ao mesmo tempo que a escassez de mão-de-obra está a causar estragos no período que antecede a época de Natal, está a tornar-se mais crítico do que nunca para os colaboradores das lojas dar resposta à crescente procura.
"Na batalha pelos dados primários, os programas de fidelização irão tornar-se mais comuns. A Salesforce está a projetar um crescimento de 30% no tráfego de comércio eletrónico de referências sociais, e o marketing por email personalizado irá aumentar de forma mais acentuada em comparação com períodos anteriores.”
Dar prioridade aos dados primários num mundo sem cookies
Com a legislação global e as mudanças nas preferências dos consumidores a dar lugar a uma maior privacidade na Internet, os departamentos de marketing estão a enfrentar uma das maiores disrupções vistas nos últimos cinco anos. O rastreamento da atividade do utilizador através de dados de terceiros na web e em aplicações móveis deve tornar-se mais caro, senão impossível, e os dados primários – dados que as organizações recolhem e gerem acerca dos seus consumidores – serão reis.
Na batalha pelos dados primários, os programas de fidelização irão tornar-se mais comuns. A Salesforce está a projetar um crescimento de 30% no tráfego de comércio eletrónico de referências sociais, e o marketing por email personalizado irá aumentar de forma mais acentuada em comparação com períodos anteriores.
Indo primeiro para o digital, o retalho está a criar resiliência nos seus modelos de negócios, adaptando-se às mudanças nos comportamentos do consumidor, ajudando a superar disrupções e, ao mesmo tempo, a criar experiências de cliente mais personalizadas.
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