Governo aponta para cenário de “famílias juntas no Natal”

No dia em que foi batido o recorde de terceiras doses, o secretário de Estado da Saúde apelou a um “grande nível de adesão” dos portugueses porque "vacinas, logística e recursos" estão assegurados.

Este sábado foi atingido um novo máximo na administração de terceiras doses da vacina contra a Covid-19 em Portugal, com mais de 42 mil pessoas a receberem a chamada dose de reforço a nível nacional.

O número foi avançado esta tarde pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que espera que este “grande nível de adesão” continue nas próximas semanas “para depois as pessoas passarem um Natal com mais serenidade”.

“Queremos que o Natal das nossas famílias não seja igual ao do ano passado, em que houve gente sozinha. Queremos que as famílias possam estar juntas no Natal”, acrescentou o governante.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita a um centro de vacinação em Mafra, Lacerda Sales assegurou ainda que o país tem capacidade para esta nova operação, depois de ter vacinado mais de 85% da população durante a primeira fase.

“Já provámos que temos vacinas, logística, recursos e meios. Essa prova está mais do que dada. Queremos é pessoas para vacinar, que as pessoas adiram à vacinação porque tudo o resto nós temos”, sublinhou.

“Cooperação intensa com as Forças Armadas”

Esta semana, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou três novos critérios: vão começar a ser chamados os maiores de 18 anos que tomaram a vacina da Janssen; e, entre os maiores de 65 anos e os profissionais de saúde e do setor social, é encurtado o intervalo mínimo de seis para cinco meses e entram os recuperados e que só receberam uma dose.

Ora, estes novos critérios tornam a terceira dose acessível a mais 1,8 milhões de portugueses. Isto é, esta fase do plano, que vai de 27 de setembro até 19 de dezembro, passa a abranger um total de 2,6 milhões de pessoas – e um total de 4,6 milhões de inoculações, dado que, sempre que possível, é administrada na mesma altura a vacina contra a gripe.

Lacerda Sales reconheceu que, ao mais do que duplicar a faixa de elegíveis, é necessário “reprogramar e voltar a planear, quer do ponto de vista da logística, quer do ponto de vista dos recursos”, dizendo contar com a cooperação das autarquias e também do Ministério da Defesa.

E estão disponíveis esses meios adicionais que foram pedidos na reunião no Infarmed pelo coronel Carlos Penha Gonçalves? “Claro que sim. Isto será fruto da cooperação intensa com o Ministério da Defesa e Forças Armadas. Serão necessários mais reforços quer das Forças Armadas, quer do Ministério da Saúde”, respondeu.

Sobre a possibilidade de vacinar a população entre os 5 e os 12 anos, no caso de ser dada luz verde por parte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o secretário de Estado disse apenas que o Executivo vai “esperar pelas decisões da DGS, que tem tomado boas decisões no tempo certo”, em coordenação com os organismos internacionais.

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