Mais de 30 casos confirmados na fábrica de Conservas Ramirez

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2021

A fábrica da Ramirez, em Matosinhos, emprega cerca de 200 pessoas. Sindicato aponta o dedo à "falta de medidas extraordinárias, e um novo jantar de Natal".

O SINTAB, sindicato que representa trabalhadores da indústria da alimentação, denunciou esta segunda-feira um surto com mais de 30 casos de covid-19 na fábrica da Ramirez, em Matosinhos, sem que tenham sido “promovidas medidas de contenção”.

De acordo com a nota enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias da alimentação, bebidas e tabacos de Portugal (SINTAB), a denúncia feita pelos trabalhadores da conserveira aponta que “o número de casos confirmados é já superior a 30, numa fábrica que emprega cerca de 200 pessoas, sobretudo mulheres”.

Os funcionários garantem que “o início deste surto se verificou há cerca de duas semanas e que, ao invés de terem sido promovidas medidas de contenção, alguns quadros dirigentes optaram ainda por participar nos habituais jantares de confraternização da quadra natalícia, de onde se desconfia ter resultado uma ainda maior potenciação do contágio generalizado”.

“Se, na passada terça-feira, estavam identificados 12 casos positivos de contágio, a falta de medidas extraordinárias, e um novo jantar de Natal (já depois de se ter sinalizado o da semana anterior) rapidamente elevaram os números para mais de 30, ao dia de hoje”, detalha o comunicado do SINTAB.

A estrutura regional deste sindicato refere ainda que “só hoje, com a anulação dos testes rápidos que a empresa ia fazer, e com o agendamento para amanhã de uma iniciativa de testagem universal com testes PCR, é que se identifica uma intervenção coordenada das autoridades de saúde”.

“Esta é a evidência da gestão economicista que o SINTAB tem vindo a denunciar desde o início da crise pandémica, em que a segurança e a saúde dos trabalhadores tem sido sempre colocada em segundo plano, em todo o setor da alimentação que, fruto dos confinamentos, tem assistido a um aumento considerável das encomendas, maioritariamente nas massas alimentícias e conservas, inerente ao grande crescimento do consumo doméstico”, remata o sindicato.

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