Rio defende PPP “com vantagens para ambas as partes”
Rui Rio, número dois do PSD pelo círculo do Porto às legislativas de 30 de janeiro, defendeu a negociação de parcerias público-privadas na saúde com vantagens quer para o SNS, quer para os privados.
O líder do PSD defendeu esta quarta-feira, no frente a frente com a coordenadora do Bloco de Esquerda, a negociação de parcerias público-privadas (PPP) que sejam vantajosas tanto para o Sistema Nacional de Saúde (SNS), como para o setor privado. Aquilo que é prioritário, segundo Rui Rio, é “gerir bem” o sistema de saúde, em vez de lhe “atirar” com mais dinheiro.
“Portugal gasta mais do que a média europeia em saúde, e tem uma prestação de serviço muito pior do que a média. […] Precisamos de chamar o setor privado e social para complementar aquilo que o SNS não está capaz de fazer. Temos de negociar PPP com vantagens para ambas as partes“, afirmou o número dois da lista social-democrata às legislativas pelo círculo eleitoral do Porto, no debate BE versus PSD, transmitido na noite desta quarta-feira na SIC.
Para Rui Rio, é necessário um SNS que “traga ao Estado melhor serviço e mais barato”, seguindo “uma ótica de organização, planeamento e preço”. Ao mesmo tempo, o presidente do PSD defendeu uma política de recursos humanos que dê um “prémio adicional” àqueles que mais produzem.
“Neste momento, atirar com mais dinheiro para cima do SNS não é já a prioridade. A prioridade é gerir bem aquilo que está, neste momento, muitíssimo mal gerido“, rematou.
A coordenadora do BE, por seu lado, atacou o PSD por ainda não ter apresentado programa eleitoral, contrapondo que, independentemente de concordarem sobre o SNS precisar de uma grande revisão, “vai ser preciso mais dinheiro público”. “É o melhor investimento que o Estado pode fazer”, sublinhou Catarina Martins, ao realçar que “a saúde não pode ser um negócio”.
A líder bloquista frisou ainda a importância do SNS na resposta à pandemia de Covid-19, recordando uma frase de João Semedo: “Nunca vi ninguém entrar num serviço público de saúde e perguntar como é que vai o negócio”.
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