PCP acusa PSD de “nunca” olhar para a dimensão social

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

"Demonstra que o PSD é igual ao PSD. O PSD fez uma opção e uma opção clara de não considerar a dimensão social dos problemas”, criticou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP considerou esta sexta-feira que o PSD, ao anunciar querer descer a taxa do IRC até aos 17% em 2024, demonstrou não valorizar a dimensão social dos problemas, “nunca” incluindo no seu discurso o problema dos trabalhadores.

“Demonstra que o PSD é igual ao PSD. O PSD fez uma opção e uma opção clara de não considerar a dimensão social dos problemas”, vincou Jerónimo de Sousa.

À margem de um encontro com editores e escritores na UNICEPE – Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, o líder comunista apontou que a resposta aos salários, à valorização do trabalho e dos trabalhadores “nunca entra” no discurso dos sociais-democratas.

“Louve-se a coerência”, atirou Jerónimo de Sousa, sem tecer mais comentários à apresentação do programa eleitoral do PSD, que decorreu esta sexta num hotel de Lisboa.

O PSD quer reduzir a taxa do IRC dos atuais 21% para 19% em 2023 e para 17% em 2024, e cortar 800 milhões de euros no IRS entre 2025 e 2026, segundo o seu programa eleitoral hoje apresentado.

A redução da taxa do imposto que incide sobre os lucros das empresas é uma das principais medidas de índole fiscal que integram o programa com que o PSD se apresenta às eleições legislativas de 30 de janeiro e que passam ainda por um desagravamento da taxa do IRC aplicável às pequenas e médias empresas (PME).

“Defendemos a mesma redução para a taxa aplicável às PME (que passaria dos atuais 17% para 13%, alargando-se o limite dos atuais 25 mil euros para 100 mil euros para as empresas sediadas no interior)”, detalha o documento.

Em paralelo, considera que as PME devem beneficiar de um regime simplificado revisto, “que seja mais simples e eficaz e que reduza o esforço fiscal dessas empresas”.

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