Porto de Sines vai dar “ainda mais impulso” ao Alentejo

O presidente da ADRAL, João Maria Grilo, acredita que o Porto de Sines vai alavancar ainda mais o Alentejo se for ponto de passagem do gás natural.

A possibilidade de o Porto de Sines ser uma ponte na distribuição do gás natural “acaba por ser ainda mais um impulso para o desenvolvimento estratégico e económico do Alentejo, defendeu em entrevista ao ECO, João Maria Grilo, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) e da Câmara Municipal de Alandroal.

“O Porto de Sines é, sem dúvida, um grande polo de desenvolvimento da região”, frisou o presidente da ADRAL, argumentando com o facto de, “neste momento, já ter uma importância estrutural nalguns setores, como no da movimentação de mercadorias”. Além de se destacar na produção de energias limpas, tendo em consideração que “existem grandes projetos de fotovoltaicos e de hidrogénio verde para a região”.

O Porto de Sines surge, assim, como ponto estratégico para a inversão do paradigma de entrada de gás na Europa “para que se acabe com a dependência que estava criada no norte de Europa, nos gasodutos que existiam entre a Alemanha e a Rússia”, realçou.

O presidente da ADRAL acredita, por isso, que “o Porto de Sines tem capacidade para aumentar em muito a sua resposta em termos de receção, armazenamento e distribuição de energia, em particular o gás natural”. Mais, reiterou João Maria Grilo: “Sines está altamente bem posicionado para fazer essa ponte” entre os Estados Unidos da América (EUA) ou África e o resto da Europa. Como aliás, tem vindo a ser defendido pelo presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), José Luís Cacho.

Para João Maria Grilo, esta é uma boa oportunidade para criar alternativas, sobretudo agora “em que já não há reticências da parte da França em relação à passagem do gás pelos Pirenéus, o que abre caminho a que se criem soluções a partir da Península Ibérica”.

Refira-se que os EUA e a União Europeia estabeleceram um acordo que prevê o aumento do fornecimento por parte dos americanos de uma maior quantidade de Gás Natural Liquefeito (GNL) aos países europeus até ao fim de 2022.

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