Costa tem “obrigação redobrada de fazer o mandato integralmente”, diz Rio
O ainda líder da oposição gostou de ouvir o aviso do Presidente da República e disse que o primeiro-ministro tem de ficar até ao fim do seu mandato. Contudo, Rio duvida da vontade de reformar do PS.
Após a tomada de posse do novo Governo, o líder do PSD, Rui Rio, mostrou-se agradado com o aviso feito pelo Presidente da República sobre uma eventual ida de António Costa para um cargo europeu. Para o social-democrata, o primeiro-ministro tem “obrigação redobrada” de ficar até 2026. Já sobre a vontade de reformar do PS com maioria absoluta, Rio desconfia.
“Lá no fundo partilhámos todos um bocadinho [da desconfiança de que António Costa vai para a União Europeia]”, começou por dizer Rui Rio em breves declarações à saída do Palácio da Ajuda, depois de o terceiro Governo do PS tomar posse. Para o líder do PSD, o primeiro-ministro tem “obrigação redobrada de fazer o mandato integralmente e o melhor que sabe e pode” até porque “o país não pode andar em permanentemente em eleições”.
Maiores dúvidas levantam as declarações sobre a necessidade de reformas. Rui Rio diz estar “totalmente de acordo” com o discurso de reformar o país, mas considera que a intenção dos socialistas não passa das palavras. “Na prática é que vamos ver. A vontade de reformar foi, até à data, nenhuma“, disse, relembrando que, mesmo com maioria absoluta, o PS precisará do PSD caso queira fazer reformas que impliquem uma maioria qualificada (dois terços dos deputados).
“A estabilidade não implica que não se governe e não se faça as mudanças necessárias”, disse, argumentando que “o sistema precisa de fortíssimas renovações”. “A democracia está muito gasta e tem de ser renovada”, argumentou Rio, repetindo uma ideia que marcou os seus quatro anos de liderança da oposição e as duas eleições em que confrontou Costa. O líder social-democrata deverá manter-se até ao verão na São Caetano à Lapa.
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