“Conflitualidade” nas relações laborais é “responsabilidade da Portway”
"Recordamos que se mantém em vigor (para já, até 30 de junho) o nosso pré-aviso de greve aos feriados em escala", sublinhou o sindicato.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) disse esta terça-feira que a “conflitualidade e o mal-estar” nas relações laborais “é da responsabilidade da Portway”, pela “não aplicação ou aplicação enviesada” do Acordo de Empresa de 2020.
“Na sequência dos plenários que realizámos com os trabalhadores dos vários aeroportos, onde apresentámos a proposta final da Portway, a decisão foi clara e inequívoca: rejeitar a proposta da empresa”, indicou em comunicado, salientando que, “entretanto, e nessa sequência”, o grupo de handling (assistência em terra nos aeroportos) “requereu à DGERT/Ministério do Trabalho um processo de prevenção de conflitos com todos os sindicatos”.
Segundo o Sitava, na reunião, “a empresa informou pretender um AE [Acordo de Empresa] único aplicável a todos os trabalhadores, mas quis colocar o ónus da apresentação de propostas do lado dos sindicatos” o que para a estrutura sindical “é inaceitável”.
“Da nossa parte, reiterámos que a conflitualidade e o mal-estar cada vez mais latente nas relações laborais na empresa é da responsabilidade da Portway, designadamente pela não aplicação (ou aplicação enviesada) do AE de 2020, designadamente no que diz respeito à organização dos tempos de trabalho, pagamento dos feriados em escala ou avaliação de desempenho”, referiu o Sitava.
O sindicato lamentou que “só agora, ao final de dois anos da publicação do AE de 2020” é que a empresa “assumiu o cumprimento de algumas matérias relacionadas com a organização dos tempos de trabalho, o que é absolutamente lamentável, mais parecendo haver conluios com interesses obscuros”.
O Sitava assegurou que “a muito custo a empresa lá assumiu que o que pretende é congelar as carreiras em todos os acordos, seja o de 2020, seja o de 2016 ou o de 2022”.
“Temos mantido uma postura séria, coerente e responsável, não embarcando no populismo fácil, mas efetivamente enquanto a Portway não assumir que quer ser uma empresa estruturada e estruturante no setor, com responsabilidade social e, como tal, estável e que ofereça condições dignas aos seus trabalhadores (designadamente perspetivas de carreira e de futuro), estaremos sempre mais longe de acordar o que quer que seja”, indicou a estrutura sindical.
“Nesse sentido, ainda que estejamos sempre disponíveis para dialogar com a empresa, o que consideramos urgente e pertinente é a aplicação correta do AE de 2020”, referiu, revelando que se encontra “marcada uma nova reunião para dia 19 de abril”.
No que diz respeito ao requerimento à DGERT de um processo de conciliação sobre o pagamento dos feriados em escala, “encontra-se marcada reunião para dia 20 de abril”, revelou o Sitava.
“Recordamos que se mantém em vigor (para já, até 30 de junho) o nosso pré-aviso de greve aos feriados em escala, com o objetivo de proteger os trabalhadores destas arbitrariedades cometidas pela empresa, sempre em claro prejuízo dos mesmos de sempre”, lê-se na mesma nota.
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