Bankinter aumenta lucros para 154 milhões de euros no primeiro trimestre. Portugal contribui com 16 milhões

O espanhol Bankinter lucrou 154,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 4% em relação ao ano anterior, com os balcões em Portugal a contribuírem com 16 milhões de euros.

Em comunicado publicado esta quinta-feira pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) espanhola, o grupo bancário destaca que “registou um primeiro trimestre recorde”, com resultados que já excederam os do anterior à pandemia de Covid-19.

Os principais rácios de gestão indicam que a rendibilidade dos capitais próprios, ROE, aumentou para 11,7%; o rácio de eficiência para 41,6% e o rácio de morosidade (NPL) caiu para 2,2%.

Os resultados antes de impostos sobre a atividade bancária foram de 214,3 milhões de euros, o que, explica o banco, em termos estritamente comparáveis com o mesmo valor de 2021, representa um aumento de 33%.

O rácio de capital CET1 fully loaded foi de 11,9%, “muito acima dos requisitos do BCE [Banco Central Europeu]”, que para o Bankinter é de 7,726%.

Quanto ao negócio que tem em Portugal, o grupo bancário assegura que “terminou o trimestre com crescimento em todos os seus indicadores”, tendo o lucro antes de impostos da filial, no trimestre, sido de 16 milhões de euros, mais 13% do que no mesmo período de 2021.

Por outro lado, a carteira de crédito ascendeu a 7.200 milhões de euros, mais 8% em termos anuais, e os recursos dos clientes cresceram 25%, para 6.200 milhões de euros, enquanto os fundos geridos fora da balança em Portugal aumentaram 11%, para 4.200 milhões de euros.

O Bankinter Portugal obteve um rendimento líquido de juros e um rendimento bruto 8% e 11% mais elevados, respetivamente, do que no mesmo período de 2021.

O grupo espanhol Bankinter está em Portugal desde 2016, quando comprou parte da atividade e a rede comercial do Barclays.

Em 2021, o grupo bancário teve lucros de 1.333 milhões de euros, incluindo uma mais-valia extraordinária não recorrente pela venda da ‘Línea Directa’, com os balcões em Portugal a contribuírem com 50 milhões de euros (antes de impostos).

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