Empresas espanholas empenhadas em ação social no estrangeiro
Um relatório desenvolvido pela PwC e pela CEOE revela que as empresas espanholas estão a disponibilizar recursos humanos, técnicos e financeiros para ajudar os grupos mais desfavorecidos fora do país.
De acordo com o relatório “Ação social das empresas espanholas no estrangeiro”, elaborado pela Fundação PwC e pela Fundação CEOE, as empresas espanholas estão empenhadas em ações sociais no estrangeiro, entendidas como atividades voluntárias em que a empresa está envolvida, nas quais disponibiliza os seus recursos humanos, técnicos e financeiros para ajudar os grupos mais desfavorecidos da sociedade, noticia a Servimedia.
O documento, apresentado num evento no qual participaram Gonzalo Sánchez, presidente da PwC Espanha, e Antonio Garamendi, presidente da CEOE, analisa 178 projetos e iniciativas geridos por 64 empresas, com uma contribuição anual de mais de 250 milhões de euros, nos quais são beneficiadas mais de 38 milhões de pessoas através da ajuda de mais de 47 mil voluntários.
“Contamos com empresas prontas, dispostas a crescer e plenamente empenhadas, e com uma geração de jovens que compreendem e estão mais envolvidos nas principais preocupações da nossa sociedade do que qualquer outra que os tenha precedido”, afirmou Gonzalo Sánchez durante o discurso de apresentação do relatório.
Na sequência do impacto da pandemia, a necessidade anual de investimento para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) cresceu globalmente para 6,4 biliões de dólares (7,4% do PIB global), com um défice anual estimado de 3,7 biliões de dólares por ano, 30% superior aos números anteriores à COVID-19.
Nesse sentido, a ação social permite abordar os ODS que são menos impactados pela atividade económica direta de empresas privadas, nas quais se incluem a fome zero, a saúde e bem-estar, a educação de qualidade, a igualdade de género e a água limpa e saneamento.
O relatório identifica, ainda, a contribuição das empresas espanholas em projetos desenvolvidos por ONG e agentes do terceiro setor, para além de uma multiplicidade de projetos desenvolvidos diretamente por uma empresa (ou por várias empresas em aliança) e que estão frequentemente relacionados com a sua atividade principal.
Apesar de a ação social das empresas espanholas no estrangeiro ter um âmbito global, a verdade é que foi observada uma tendência de concentração da sua ação social em certas geografias: 51% dos projetos analisados estão presentes na América Latina, que é a região mais coberta, seguida pela África Subsaariana, que representa 23% dos projetos.
O estudo apresenta, também, diferentes estratégias por parte das empresas espanholas quando desenvolvem a sua ação social no estrangeiro. Uma dessas estratégias está relacionada com o seu nível de envolvimento nas iniciativas – 55% dos 178 projetos e iniciativas estudadas acontecem através de intermediários e 34% acontecem através da iniciativa direta da empresa.
O objeto da ação social e o seu alinhamento (ou não) com as capacidades diferenciais da empresa é outra das estratégias das empresas – 66% são independentes do core business das empresas que as promovem, 24% envolvem o core business, e outros 10% são alavancados em atividades intermédias na cadeia de valor, mas para fins fora do core business.
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