Wall Street fecha em alta animada com minutas da Fed

  • Lusa
  • 25 Maio 2022

Sem referência a um cenário de recessão nas atas da Reserva Federal dos EUA (Fed), a bolsa nova-iorquina fechou em alta.

A praça nova-iorquina fechou esta quarta em alta, no seguimento da divulgação das atas da Reserva Federal (Fed), que revelaram a sua intenção de agir “de forma expedita” na subida da taxa de juro, para debelar a inflação. Os resultados da sessão indicam que o índice alargado S&P500 subiu 0,9%, o seletivo Dow Jones Industrial Average 0,6% e o tecnológico Nasdaq 1,5%.

As minutas da reunião da Fed sobre política monetária, realizada no início do mês, mostraram que os dirigentes do banco central dos EUA concordaram que subidas da taxa de juro de referência em meio ponto percentual “seriam provavelmente adequadas” nas próximas duas reuniões da Fed, em junho e julho. Um aumento desta dimensão seria o dobro do que é costume.

O banco central começou a subir a taxa de juro para combater o maior crescimento de preços em quatro décadas nos EUA, pelo que os investidores estão sequiosos de terem informações frescas sobre as intenções da Fed. Mas estas minutas não avançaram surpresas grandes. “Os investidores reagiram de uma maneira moderada, uma vez que a informação divulgada já estava incorporada”, disse Bill Northey, diretor de investimentos no U.S. Bank Wealth Management.

Em termos gerais, o mercado bolsista permanece volátil, com os investidores preocupados com a inflação e o seu impacto nas empresas e nos consumidores, bem como com a possibilidade de uma resposta agressiva da Fed, que acabe a provocar uma recessão económica.

A invasão da Ucrânia pela Federação Russa, iniciada em 24 de fevereiro, colocou mais pressão sobre preços da energia, que já estavam a subir, o que deteriorou ainda mais uma conjuntura que já era preocupante. Mas esta situação também sofre com os problemas nas cadeias logísticas de abastecimentos, resultantes dos confinamentos decididos pela China para combater a propagação do novo coronavirus.

“O tema dominante, especialmente nas últimas semanas, é a preocupação crescente entre os investidores com o crescimento e as perspetivas económicas”, sintetizou Jason Draho, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management para o continente americano. “É uma das grandes razões pelas quais o mercado bolsista é incapaz de suportar um movimento de subida”, reforçou.

Na reunião do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), de 3 e 4 de maio, foi decidida a subida da taxa de juro de referência em meio ponto percentual, a mais agressiva desde 2000. Na ocasião, foi também expressa a vontade de realizar subidas desta dimensão no futuro. Para controlar a subida dos preços, a Fed quer arrefecer o consumo e o crescimento económico tornando mais caro, para empresas e indivíduos, o recurso ao crédito.

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