Benfica entrega até 10 milhões de euros ao antigo clube de Darwin

Encarnados entregam aos espanhóis do Almeria 20% da mais-valia obtida com a transferência de Darwin Nuñez para o Liverpool, até limite de dez milhões de euros. Jorge Mendes fica com 10% da venda.

O Liverpool oficializou a compra de Darwin Nuñez ao Benfica, um dia depois de o clube da Luz ter confirmado os valores do negócio – 75 milhões de euros fixos e 25 milhões de euros variáveis – e ter assinalado que o acordo só estava dependente da celebração de contrato de trabalho desportivo do jogador com o clube inglês.

Ora, o histórico emblema da Premier League, que terminou a última época no segundo lugar, acaba de colocar nas redes sociais várias publicações em que anuncia a contratação do avançado uruguaio, “condicionada à concessão bem-sucedida da autorização de trabalho” por parte das autoridades britânicas.

Numa nota enviada esta tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica informa que o Liverpool “terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade para posterior distribuição aos clubes que participaram na formação do jogador” e que os encargos com os serviços de intermediação deste negócio, assegurados pelo agente Jorge Mendes, ascendem a “10% do valor da venda, deduzido do montante da solidariedade”.

Mas a receita desta transferência, que entra para a lista das mais caras do clube do Norte de Inglaterra, vai ter ainda de ser repartida com o UD Almeria, antigo clube do futebolista e a quem o Benfica terá agora de entregar o montante correspondente a 20% do valor da mais-valia obtida com esta transferência, até um limite de dez milhões de euros.

Em entrevista ao ECO, publicada a 12 de maio, Domingos Soares Oliveira, co-CEO da SAD do Benfica, garantia que “o Benfica não [estava] obrigado a vender o Darwin para, de alguma forma, compor os números”.

“Em relação à venda de jogadores, temos nos últimos dez anos uma relativa estabilidade nos números que apresentamos: 70 milhões, 80 milhões, às vezes 100 milhões de euros — e, em algumas exceções, até pode ultrapassar este valor. (…) Mas não foi assim no verão do ano passado pela primeira vez (…) Aquilo que não fizemos no verão do ano passado é algo que teremos fazer no verão deste ano, tanto quanto possível a tempo de impactar as contas do clube para que fica em linha com aquilo que foram os últimos anos”, detalhou.

A venda de Darwin Nuñez já permitirá ultrapassar a receita média dos últimos anos e fechar as contas desta época com resultados positivos. A SAD do Benfica apresentou um prejuízo de 31,7 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2021/22, “significativamente influenciado pelo resultado com transações de direitos de atletas, que sofreram uma diminuição de 69,4 milhões de euros face ao período homólogo”, como indicou o clube da Luz à CMVM. E esta transação, por ser feita até 30 de junho, ainda vai impactar as contas deste exercício.

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