Mais contribuintes entregaram IRS dentro do prazo este ano

Declarações de IRS recebidas pelo Fisco até ao final do prazo aumentaram 1% face ao mesmo período do ano passado.

Na campanha de IRS deste ano, mais pessoas entregaram a declaração dentro do prazo do que no ano passado. O Fisco recebeu cerca de 5,7 milhões de declarações até 30 de junho, o que se traduz numa subida de 1% face ao ano passado, segundo dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) fornecidos ao ECO.

“Até às 23:59 do dia 30 de junho de 2022, tinham sido entregues 5.724.596 declarações de IRS, o que corresponde a um aumento de 56.135 declarações face a igual período do ano anterior – ou seja, uma subida de 1%”, indicou a AT ao ECO. Os contribuintes tiveram três meses para submeter a Modelo 3 no Portal das Finanças.

No total do ano passado, foram entregues 6.038.512 declarações, de acordo com os dados disponíveis no Portal das Finanças, pelo que cerca de 300 mil pessoas poderão não ter cumprido esta obrigação fiscal no prazo neste ano. É importante salientar que os totais de declarações entregues ao Fisco incluem declarações de substituição, declarações em falta relativas a anos anteriores e eventuais declarações conjuntas de casais, pelo que o universo de contribuintes que ainda não cumpriram a sua obrigação declarativa é somente indicativo.

Tendo em conta que os valores que constam no Portal das Finanças incluem também declarações entregues já fora do prazo, é possível verificar que nos cinco dias após o final do prazo foram entregues mais 74.930 declarações.

Nota: Valores consultados a 5 de julho de 2022

É de recordar que quem tinha acesso ao IRS automático e não o confirmou nem entregou outra declaração até ao final do prazo, viu o documento pré-preenchido tornar-se a versão definitiva. Assim, algumas destas declarações podem ser de pessoas que escolheram deixar o mecanismo funcionar sem interceder.

Segundo o último balanço (de 29 de junho), 32% das declarações entregues foram submetidas através do IRS Automático. Assim, cerca de um terço dos contribuintes optaram por este instrumento.

Já quem não tinha IRS automático e ainda não entregou a declaração, é melhor ter em atenção que há multas. Se entregar até um mês depois da data limite, por iniciativa própria e sem ter prejudicado o Estado, pode ter de pagar, no mínimo, uma coima de 25 euros. Já se entregar depois destes 30 dias adicionais, o montante pode ser mais elevado, dependendo de fatores como se o Fisco já iniciou um procedimento inspetivo.

Até 29 de junho, o Fisco já tinha liquidado 4,7 milhões de declarações, das quais 2,4 milhões corresponderam a reembolsos, que totalizam os 2.475 milhões de euros. Por outro lado, foram também “emitidas 883,6 mil notas de cobrança, num total de cerca de 1.354 milhões de euros, sendo as restantes nulas (não havendo lugar a reembolso ou nota de cobrança)”, segundo adiantou na altura o Ministério liderado por Fernando Medina.

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