Pro-Life: Seguro holandês pró-vida forçado a cobrir aborto
A partir de 1 de Janeiro de 2023, o seguro pró-vida holandês irá fechar o programa "clean basic insurance", que rejeita cobertura de intervenções médicas controversas.
Até 1 de janeiro, a seguradora holandesa Pro-Life não cobre procedimentos médicos que considera “discutíveis”. Mas, depois disso, a companhia de seguros cristã, que opera sob a égide da seguradora centenária neerlandesa Zilveren Kruis (Cruz de Prata), terá de oferecer um seguro padrão como os restantes operadores do setor.
Segundo Leijenhorst, Diretor da Pro-Life, este é o resultado de uma campanha de difamação desenvolvida , em novembro do ano passado. Ele refere-se às muitas críticas (parlamentares) realizadas pelo partido liberal holandês GroenLinks sobre os seguros da Pro-Life. O gestor salienta ainda o papel da controvérsia em meios de comunicação social e nas redes sociais que, na sua opinião, “foi determinante para a mudança”.
“É impossível garantir um seguro básico 100% clean. Isto significa que ao escolher o nosso seguro, sabe que a seguradora não paga por intervenções médicas controversas”, afirmou Leijenhorst. O sistema em vigor desde 2006 não permite recusar essas intervenções, quanto mais não seja porque todos os segurados pagam metade do prémio através dos impostos. “É claro que nos mantivemos à parte de certa forma, mas isso também levou a mais discussões entre os nossos clientes”, diz o gestor. “Acreditamos que é Deus que dá e tira a vida, que consideramos a vida digna de proteção do princípio ao fim e que queremos manter-nos firmes no acesso ao bem, e aos cuidados cristãos”, conclui.
Quanto ao novo rumo que traça com Zilveren Kruis, a ênfase muda “do que a Pro-Life não reembolsa para o que a seguradora de saúde cristã pode significar para os segurados”. A Pro-Life investirá em mais informação sobre os prós e contras éticos dos novos métodos de tratamento.
Leijenhorst não se atreve a antecipar como a mensagem recairá sobre os seus clientes. Aos clientes que querem cancelar, o Diretor responde que respeita as suas escolhas, mas que “esse é o melhor presente que pode dar aqueles que fizeram esta campanha de difamação contra a ProLife”.
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