Eurovita: IVASS aumenta pressão e exige 250 milhões
O regulador de seguros italiano IVASS terá pedido à seguradora de vida Eurovita para aumentar rapidamente as suas reservas de capital em 250 milhões de euros. Cinven abre processo de venda.
O regulador de seguros italiano disse à seguradora de vida Eurovita para aumentar rapidamente as suas reservas de capital em cerca de 250 milhões de euros, o que levou a sua proprietária, a empresa britânica de participações privadas Cinven, a abrir processo de venda, segundo fontes relataram à agência Reuters.
Três fontes próximas do caso disseram que a Cinven, que no ano passado tentou, sem sucesso, vender a Eurovita, estava novamente a trabalhar com os consultores do Deutsche Bank e do Citi para encontrar comprador.
Uma venda deve ser realizada rapidamente para satisfazer as exigências do regulador IVASS para que a Eurovita, uma das 20 maiores seguradoras de vida italianas, aumente o seu rácio de solvência, uma medida chave de solidez financeira para as seguradoras, afirmam duas das fontes.
A Eurovita afirmou, no seu relatório financeiro de 2021, que o seu rácio de solvência no final do ano passado tinha caído abaixo de um limiar de tolerância soft limit fixado em 150%, acrescentando que estava a tomar medidas para o recuperar acima desse nível.
A Eurovita afirmou no relatório que o regulador IVASS teria realizado uma série de auditorias no final do ano passado, concentrando-se primeiro nos investimentos e riscos financeiros, e depois alargando o controlo à ciber-segurança e risco de branqueamento de capitais.
O instituto IVASS realizou uma análise, no início deste ano, para apurar o que a seguradora tinha feito para colmatar as deficiências assinaladas pelos supervisores na forma como esta calculava as suas reservas e rácio de solvência.
A imprensa italiana informou, no ano passado, que a Cinven tinha interrompido o processo de venda da Eurovita após as ofertas terem ficado aquém de uma avaliação de 600-700 milhões de euros que a empresa britânica tinha procurado para o ativo.
A publicação diária italiana MF relatou, no início deste mês, que a seguradora de vida especializada Athora estava interessada na Eurovita, depois de ter entrado no mercado italiano no ano passado com a aquisição Amissima Vita.
Tal como outras seguradoras italianas, a Eurovita viu os prémios diminuírem durante a pandemia.
Recentemente, os pedidos da IVASS para que a seguradora Cattolica angariasse capital acabaram por levar à sua aquisição pela rival de maior dimensão Generali.
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