Grupo Violas paga oito milhões pela sede da Sovena em Miraflores

Family office nortenho dedicado a investimentos imobiliários comprou edifício que acolhe desde 2012 a dona do azeite Oliveira da Serra ou do óleo Fula, que tem contrato de arrendamento até 2030.

O edifício onde a Sovena está sediada desde 2012 foi vendido pela Arquimelo, participada pela MelloRDC, ao histórico Grupo Violas Ferreira, fundado por Manuel de Oliveira Violas em 1969 e que é atualmente um family office de investimentos imobiliários, focado na área de escritórios e com presença também no residencial, retalho e logística. O valor da operação não foi revelado, mas o ECO apurou junto de fontes do mercado imobiliário que o negócio se fechou por cerca de oito milhões de euros.

Segundo a informação divulgada esta quarta-feira pelas consultoras JLL e CBRE, que mediaram esta operação com o mandato do family office detido por António Ribeiro da Cunha – opera em Portugal e na Polónia e investe também no agroindustrial e private equity –, a líder mundial no setor do azeite vai manter-se no imóvel situado em Miraflores (Oeiras).

O contrato de arrendamento da Sovena está em vigor até 2030. O edifício tem um total de 3.500 metros quadrados de escritórios distribuídos por seis pisos e 62 lugares de estacionamento. No complexo de escritórios Arquiparque, localizado na franja da A5, estão instaladas as sedes de outras empresas multinacionais, como a L’Oreal, a GlaxoSmithKline ou a Accenture.

Tiago Violas Ferreira, CEO da Violas Ferreira, destaca em comunicado a satisfação por “poder contar no portefólio com a sede de um líder mundial no seu setor de atividade, sendo também um grupo familiar português com valores com que [se identificam]”. Por outro lado, acrescenta, “trata-se de um imóvel com uma localização excelente, em ótimas condições e com uma arquitetura muito flexível e funcional”.

“Foi um processo de venda bastante disputado e concretizado por um family office nacional. Este imóvel cativou os investidores por estar integrado num parque de escritórios consolidado, com um contrato de longo prazo e um inquilino muito sólido”, resumiu Salvador Leite Castro, Head of Private Wealth da JLL, citado no mesmo comunicado.

Já Nuno Nunes, que é Head of Capital Markets da CBRE, apontou esta transação como “um ótimo exemplo de que, apesar do contexto de maior incerteza em que nos encontramos, o setor imobiliário, e sobretudo os ativos core com inquilinos de grande notoriedade com compromisso de longo prazo com os ativos, continuam a ser oportunidades de investimento muito atrativas”.

(Notícia atualizada às 17h57 com valor da operação)

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