Xi Xinping impõe terceiro mandato e rodeia-se de aliados

O XX Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC), que reúne a cada cinco anos, selou o reforço do poder de Xi Jinping, abrindo caminho à sua entronização no poder.

Xi Jinping foi confirmado este domingo para um terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista Chinês e Presidente do país, quebrando um precedente imposto desde a morte do líder revolucionário Mao Zedong. Para o Comité Permanente do Politburo, o órgão máximo do partido, entraram mais alguns dos seus aliados.

O XX Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC), que reúne a cada cinco anos, selou o reforço do poder de Xi Jinping, abrindo caminho à sua entronização no poder. Depois de no sábado ter conseguido uma nova emenda à carta magna do PCC que eleva o seu estatuto, foi este domingo designado para um terceiro mandato, durante uma votação à porta fechada.

Com a nomeação, Xi quebra a tradição instaurada desde a morte de Mao Zedong, que governou de 1949 a 1976, de os secretários-gerais fazerem apenas dois mandatos. Uma possibilidade aberta pela revisão da regra em 2018.

O seu poder foi ainda reforçado com a nova composição do Comité Permanente do Politburo, um órgão de sete membros que reúne as figuras mais influentes do partido. O primeiro a entrar no palco do Grande Salão do Povo foi Xi Jinping, como secretário-geral, seguido de Li Qiang, secretário do partido em Shangai, indicando que deverá ser ele o novo primeiro-ministro em substituição de Li Keqiang.

Li Qiang foi chefe de gabinete de Xi Jinping entre 2004 e 2007, quando este foi o responsável pela província de Zhejiang. O Comité mantém Zhao Leji e Wang Huning e tem como novos membros Cai Qi, Ding Xuexiang e Li Xi, considerados aliados do Presidente chinês.

No poder desde 2012, Xi Jinping tem vindo a reforçar o caráter autoritário do regime, reforçando a repressão e apertando o controlo sobre as empresas e a economia. No discurso do Congresso, o agora reforçado Presidente manteve, no essencial, a mesma linha política, nomeadamente em relação a Taiwan. “Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica com a maior sinceridade e o máximo esforço, mas nunca prometeremos renunciar ao uso da força, e reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias”, disse. Na economia, defendeu o reforço da autossuficiência alimentar e a autonomia tecnológica.

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