Há assistentes operacionais que ficam de fora do aumento extra, alerta Frente Comum

O Governo apenas abrange a categoria de assistente operacional no salto complementar, deixando de fora outros trabalhadores da carreira. Sebastião Santana acusa o Governo de recuar.

assistentes operacionais que não vão ser abrangidos pelo salto nas posições remuneratórias, de duas posições para os que têm mais de 30 anos de serviço e uma para dos que têm mais de 15 anos, denuncia a Frente Comum. Em causa está o facto de o aumento apenas abranger a categoria de assistente operacional, deixando de fora os encarregados operacionais e gerais. Entre os assistentes técnicos, também são excluídos os coordenadores técnicos.

“Deste encontro sai mais do mesmo: o Governo senta-se à mesa e a evolução afinal foi um recuo”, começa por dizer Sebastião Santana à saída da reunião com a equipa do Ministério da Presidência. Isto já que o Executivo “continua a insistir que a solução é mexer em duas categorias de duas carreiras”, deixando de fora encarregados operacionais e coordenadores técnicos.

No caso dos assistentes operacionais, o Governo propôs subidas faseadas consoante a antiguidade, começando em 2023 para aqueles com 35 ou mais anos de serviço, que vão subir duas posições remuneratórias. Já em 2024, a subida de dois níveis ocorre para os profissionais entre 30 e 34 anos. A isto acresce o aumento já previsto para todos de, pelo menos, 52 euros, o que leva a uma subida salarial de pelo menos 156 euros para os assistentes operacionais com mais anos de serviço.

Segue-se em 2025 a subida de uma posição remuneratória para os assistentes operacionais que têm entre 22 e 29 anos de serviço, e em 2026 os que têm 15 a 21 anos de serviço sobem uma posição. Estarão abrangidos por esta medida um total de 115 mil trabalhadores.

No entanto, nestas apenas está abrangida a categoria de assistente operacional, deixando de fora os encarregados operacionais e encarregados operacionais gerais. Nesta posição estão na sua maioria trabalhadores mais velhos, como sinaliza a Frente Comum, e inclui por exemplo funcionários das autarquias, das oficinas de manutenção mecânica e auxiliares de ação médica.

O mesmo acontece para os técnicos superiores, onde apenas é abrangida a categoria e não a carreira, deixando de fora os coordenadores técnicos. Estes trabalhadores apenas vão ter o aumento de pelo menos 52 euros previsto para os funcionários públicos das carreiras gerais.

Sebastião Santana diz assim que a proposta é uma “mão cheia de coisa nenhuma”, criticando também o facto da valorização da antiguidade apenas abranger os que têm mais de 35 anos de serviço no próximo ano, quando a proposta inicial se focava naqueles com mais de 30 anos (que apenas vão ter o aumento adicional em 2024).

O dirigente sindical classifica a proposta manifestamente insuficiente, referindo também que os trabalhadores que terão um aumento de em média 3,6% vão ter “aumento insuficiente e ridículo face à inflação que temos”.

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