“Maioria substancial” da Fed apoia abrandamento da subida das taxas de juro
Atas da mais recente reunião do banco central dos EUA indicam que maioria "substancial" dos funcionários vê com bons olhos a desaceleração "em breve" das taxas de juro.
Uma “maioria substancial” dos decisores políticos da Reserva Federal dos EUA (Fed) concorda que “em breve” será “provavelmente apropriado” abrandar o ritmo de subida das taxas de juro diretoras, revelam as atas da última reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), realizada a 1 e 2 de novembro.
De acordo com as minutas do encontro, no qual o banco central norte-americano decidiu aumentar a taxa de juro de referência em 75 pontos base, fixando-se no intervalo 3,75% – 4%, os funcionários da Fed estão largamente satisfeitos por poderem desacelerar os aumentos das taxas e avançar em passos menores e mais deliberados para tentar estancar a inflação nos EUA — em outubro abrandou para 7,7%, mas ainda está longe da meta de 2%.
“Um ritmo mais lento (…) permitiria melhor ao FOMC avaliar o progresso para os seus objetivos de máximo emprego e estabilidade de preços“, lê-se nas atas publicadas esta quarta-feira. “Os desfasamentos e magnitudes incertos associados aos efeitos das ações de política monetária sobre a atividade económica e a inflação estiveram entre as razões citadas”.
As atas mostraram ainda um debate emergente no seio da Fed sobre os riscos que o rápido endurecimento da política monetária poderiam representar para o crescimento económico e a estabilidade financeira, mesmo com os decisores políticos a reconhecerem que houve poucos progressos no desacelerar da inflação e que as taxas ainda precisam de subir.
Enquanto “alguns participantes” defendem que um aumento mais lento das taxas poderia reduzir os riscos para o sistema financeiro, “outros participantes” argumentam que qualquer abrandamento deveria aguardar por “sinais mais concretos de que as pressões inflacionistas estão a recuar significativamente”.
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