Taxas Euribor quebram séries de crescimento consecutivo e baixam a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2022

As taxas Euribor desceram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses, depois de séries consecutivas em que batiam máximos com mais de 13 anos.

As taxas Euribor desceram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses, depois de séries consecutivas em que batiam máximos com mais de 13 anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, recuou esta quinta-feira pela primeira vez em nove sessões consecutivas, para 2,726%, menos 0,026 pontos face ao novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro, estando a média no atual mês nos 2,554%. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também quebrou a série de oito subidas consecutivas, ao recuar 0,037 pontos face a quarta-feira, para 3,288%, depois de na véspera ter atingido um novo máximo desde dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro. No corrente mês, encontra-se nos 3,005%.
  • Já a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou 0,018 pontos, fixando-se em 2,184%, depois de na quarta-feira ter chegado aos 2,202% e atingido um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro. Para o mês de dezembro, a média está nos 2,060%.

As Euribor começaram a aumentar mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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