PSD “não fica minimamente fragilizado” com caso Pinto Moreira, diz Miranda Sarmento

O líder parlamentar do PSD defende que a situação de Joaquim Pinto Moreira "não é comparável" aos casos que têm vindo a afetar o Executivo socialista.

O líder parlamentar do PSD defende que o partido “não fica minimamente fragilizado” na oposição ao Governo com a renúncia de Joaquim Pinto Moreira à vice-presidência parlamentar. Os casos que se têm vindo a suceder no Executivo e no PS “não são comparáveis” com este caso, reitera Joaquim Miranda Sarmento.

A bancada parlamentar “não fica minimamente fragilizada porque os casos não são comparáveis”, sublinha o líder parlamentar do PSD, em declarações transmitidas pela RTP. “O deputado não foi acusado nem indiciado de nada, foi apenas investigado, não é comparável com situação do presidente de Câmara de Espinho”, exemplifica.

Pinto Moreira vai também deixar a presidência da comissão parlamentar de revisão constitucional, “por uma questão de seriedade e de ética”, aponta Miranda Sarmento. Ainda não há um nome previsto para o substituir, mas será decidido “dentro dos próximos dias”, assegura. “Teremos de procurar nos outros 75 deputados [excluindo-se desde logo a si próprio] quem será a pessoa mais indicada para melhor servir a comissão e o Parlamento”, acrescenta.

Miranda Sarmento assegura também que “há total articulação entre o presidente do grupo parlamentar e o presidente do partido“, Luís Montenegro, garantindo que a decisão neste caso “foi tomada a três”, entre os dois líderes e o deputado visado.

Pinto Moreira foi alvo de buscas no âmbito da Operação Vórtex, realizadas na terça-feira pela Polícia Judiciária. Advogado de profissão, foi presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021, estando sob suspeita o licenciamento de projetos imobiliários desde 2018. A situação levou a PJ a deter o autarca socialista Miguel Reis, um funcionário e três empresários, por suspeita da prática de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.

O Ministério Público pediu esta sexta-feira que Miguel Reis e o construtor Francisco Pessegueiro, ambos arguidos na Operação Vórtex, fiquem em prisão preventiva, de acordo com a revista Sábado, depois de ser ouvido durante quase cinco horas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Mas a Polícia Judiciária e o Ministério Público suspeitam que a teia de favores entre o poder autárquico e empresários da construção seja ainda mais intrincada. De acordo com o Expresso é provável que nas próximas semanas mais políticos venham a ser constituí­dos arguidos por suspeitas de corrupção, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.

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