Perdas em investimentos fazem Lloyd’s regressar aos prejuízos

Subida dos juros desvalorizou a carteira de investimentos e ofusca aumento do negócio e dos resultados de subscrição. Dólar forte e prémios em alta compensaram guerra na Ucrânia e furacão Ian.

A Lloyd’s of London deve apresentar na próxima quinta-feira prejuízos para o ano de 2022 no valor antes dos impostos de aproximadamente 800 milhões de libras em 2022, contra um lucro de 2,1 mil milhões em 2021.

Apesar de um melhor resultado técnico, com um rácio combinado de 91,9%, uma perda potencial em investimentos de 3 mil milhões de libras arrastou as contas de novo para prejuízo.

A melhoria do resultado de subscrição existiu – o rácio combinado melhorou 1,6% – apesar de um aumento do valor de sinistros de 12,7%, que incluem perdas relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia e com o furacão Ian.

Apesar deste aumento, o rácio de sinistralidade melhorou de 48,9% em 2021 para 48,4% em 2022, enquanto o rácio de despesas caiu de 35,5% para 34,4%.

Os prémios brutos subscritos aumentaram mais de 19%, para mais de 46 mil milhões de libras, o que, segundo a Lloyd’s, reflete o crescimento do dólar forte (8%), aumentos diretos de preços (8%) e crescimento orgânico (3 %).

No entanto, o resultado negativo do investimento mais do que compensou o melhor desempenho de subscrição da Lloyd’s em 2022. As perdas potenciais de investimento resultaram para a Lloyd’s, como para outros players financeiros, de taxas de juros crescentes com impacto nas suas carteiras de rendimento fixo. Houve uma desvalorização de ativos mas, uma vez que não foram vendidos, é projetado que resultem em maiores rendimentos e retornos de investimento no futuro.

Para o ano passado a perda em investimentos relatada é de aproximadamente 3 mil milhões de libras, em comparação com o superavit de 900 milhões em 2021. A Lloyd’s afirma ainda que essa perda em investimento não tem impacto na liquidez e será revertida nos próximos anos, à medida que os ativos atingirem a maturidade.

Apresentamos um desempenho na subscrição e uma posição de capital tão bons quanto os apresentados nos tempos mais recentes”, afirmou o chief Executive Officer do Lloyd’s, John Neal, referindo ainda que no ano de 2022 “a Lloyd’s registou um forte crescimento de prémios e uma queda contínua nas despesas, o que, juntamente com um balanço de alta qualidade, demonstra que estamos na melhor forma de oferecer um retorno atraente ao capital e aos investidores”, concluiu.

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