Preços das casas subiram 12,6% em 2022. Abrandaram no quarto trimestre

No ano passado, o aumento médio anual dos preços das habitações existentes superou o das habitações novas. Valor total das casas atingiu recorde ao superar os 30 mil milhões de euros.

Os preços das casas aumentaram 12,6% em 2022, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. Valor das casas vendidas totalizou 31,8 mil milhões, um montante recorde. Apesar desta evolução, é de notar que o quarto trimestre do ano passado trouxe novamente um abrandamento no ritmo de subida dos preços, de acordo com o Índice de Preços da Habitação.

No ano passado, “o aumento médio anual dos preços das habitações existentes (13,9%) superou o das habitações novas (8,7%)“, diz o INE. Foram transacionadas no total 167.900 habitações, o registo mais elevado da série e mais 1,3% que em 2021. O valor destas casas atingiu os 31,8 mil milhões de euros, um aumento de 13,1% face ao ano anterior.

 

Apesar das habitações já existentes terem o maior aumento no valor, o número de transações diminuiu. Já para as casas novas aumentou o número de vendas e também o valor delas.

Mais de 10 mil das casas foram vendidas a estrangeiros, com domicílio fiscal fora do Território Nacional, por um total de 3,6 mil milhões. Ambos os números subiram face a 2021. As famílias também compraram mais casas em 2022: 145.515 unidades que totalizam 27,3 mil milhões de euros.

No entanto, o “valor médio por transação das compras de alojamentos pelos Restantes Setores Institucionais foi superior ao valor médio dos alojamentos adquiridos pelas Famílias”. Em 2022, o valor médio das casas compradas pelas famílias foi de 187.360 euros, e de 201.901 euros nos outros setores.

No que diz respeito às regiões, “a Área Metropolitana de Lisboa, com um total de 13,3 mil milhões de euros, concentrou 41,7% do valor das transações de alojamentos realizadas em 2022″. Ainda assim, perdeu peso relativo nas vendas pelo quarto ano consecutivo. Já no Norte, o valor das vendas correspondeu a 23,2% do total, seguindo-se o Algarve com um total de 4,3 mil milhões euros e a região Centro com 4,2 mil milhões de euros.

Olhando para os dados trimestrais, a subida de preços abrandou nos últimos três meses do ano, tendência também verificada no terceiro trimestre. Entre outubro e dezembro “transacionaram-se 38.526 habitações, traduzindo-se numa taxa de variação homóloga de -16,0% e numa redução de 8,8% relativamente ao trimestre anterior”, pelo que as compras de casas estão a desacelerar.

Quanto ao valor, as habitações transacionadas no último trimestre de 2022 “perfizeram 7,4 mil milhões de euros, menos 10,5% face a idêntico período de 2021”.

(Notícia atualizada às 11h45)

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