Jacques Rodrigues libertado e obrigado a pagar caução de meio milhão de euros
Dono da Impala tinha sido detido na quinta-feira por suspeitas de fraude e burla agravada. Saiu com uma caução de 500 mil euros. O filho, Jaques Gil Rodrigues, pode voltar à Impala.
Depois de ter sido detido na passada quinta-feira passada por suspeitas de fraude, Jacques Rodrigues não ficou em prisão preventiva mas o Tribunal de Sintra aplicou o depósito de 500 mil euros. O dono do grupo Impala fica impossibilitado de desempenhar qualquer função nas empresas do grupo, de contactar com os outros arguidos e de sair do país.
De acordo com comunicado do Conselho Superior da Magistratura (CSM), o dono das revistas Maria e Nova Gente fica proibido de contactar, por qualquer meio, os demais co-arguidos. Há no entanto a exceção de Jaques Rodrigues, Maria José Correia, Jaques Gil, Cláudio Rodrigues e Ana Paula Rodrigues, com os quais, dada a relação familiar próxima, pode manter contacto.
Jaques Gil Rodrigues, um dos filhos arrolado no processo, saiu com a medida de coação de termo de identidade e residência, ficando possibilitado a assumir funções na administração das empresas do grupo.
O advogado Natalino Vasconcelos ficou sujeito à proibição de contactar, por qualquer meio ou por interposta pessoa, com os restantes co-arguidos e proibição de contactar, por qualquer meio ou por interposta pessoa, as técnicas de contabilidade da Nucase, as testemunhas indicadas na prova. Foi-lhe ainda aplicada a suspensão do exercício de qualquer função ou atividade no Grupo Impala.
O contabilista José Rito fica também sujeito à proibição de contactar, por qualquer meio ou por interposta pessoa, os demais co-arguidos já constituídos, com a proibição de contactar, por qualquer meio ou por interposta pessoa, as técnicas de contabilidade da Nucase, as testemunhas indicadas no despacho de apresentação e ali melhor identificadas e ainda suspenso do exercício de qualquer atividade relacionada com o Grupo Impala.
À saída do tribunal, perante vários jornalistas, Jacques Rodrigues recusou-se a prestar declarações, afirmando que primeiro os jornalistas tinham de “conhecer a verdade”.
Na génese das detenções que decorreram na manhã de quinta-feira encontra-se uma investigação criminal “cujo objeto visa um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100 milhões de euros“, adiantou a PJ em comunicado.
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